sexta-feira, outubro 30, 2009

Consulta 15 meses e final da noite

Na segunda-feira, fomos à pediatra com a Matilde. Consulta dos 15 meses. Até correu bem. Só choramingou um bocadito. Subiu no percentil da altura, desceu ligeiramente no peso. As últimas semanas em que andou doente, não devem ter ajudado. A Dra achou que a expectoração que tem tido, seria fruto de uma adenoidite, e prescreveu-lhe antibiótico.
A Mariana ficou na sala de espera a brincar e depois foi lá ter à consulta, como costume. Começou por dizer que tinha fome e cocó. A Dra estava ao telefone com a mãe dum miúdo que supostamente tinha gripe A. Ele estava a tomar o Tamiflu, mas não lhe tinham feito zaragatoa. E a conversa continuava. A miúda, que anteriormente apenas dizia que tinha fome e cocó, passou ao plano B: berrar. E eu a tentar acalmá-la. O Pedro a dizer para a ignorar. Tentei. Até ela passar ao plano C: espojar-se no chão. Eu a tentar controlá-la, e ela tipo touro enraivecido, em frente a um toureiro a acenar um pano de cor berrante. Apeteceu-me espancá-la. Sim, porque às vezes apetece-me calar as lindas boquinhas, das minhas (ainda mais lindas) filhas com palmadas. E berrar mais que elas. Mas pronto. Antes da consulta terminar, ainda foi preciso auscultar a Mariana e ver-lhe a garganta, para ver se levava o mesmo tratamento da irmã. Deixou auscultar mas para abrir a boca, foi voluntária à força. Saiu de lá a chorar a dizer que eu a tinha magoado nos dentes. E eu com uns nervos.
Passámos à farmácia e ao supermercado. Quando chegámos a casa vestimos os (4) aventais e a Matilde começou logo: "Uaaau". A Mariana já recomposta da birra, que entretanto já tinha comido na viagem, ajudou a fazer o jantar e estava felicíssima. A Matilde foi ao frigorífico, abriu-o, escolheu um iogurte dos dela, abriu a tampa, e enquanto o segurava com a mão esquerda, comia com dois deditos da mão direita. Até eu lhe oferecer uma colher (assim já não tinha piada). Continuou a fazer disparates (mas o raio da miúda tem piada, mesmo com tanto disparate junto). Eu tentei ajudar o Pedro, que se esmerou, mais uma vez com o jantar. No final da refeição, ainda brincámos e lemos uma história. Vi as horas pela última vez às 22.21 h. Há muito tempo que não me deitava tão cedo. Tudo está bem quando acaba bem.

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Diferença delas

Aos 15 meses, dar um antibiótico à Mariana, era um caos. Berrava, fugia, não queria.
A Matilde está a tomar antibiótico. Bebe aquilo como se fosse sumo. No fim, fica a pedir:
-"Máies. Máies."- enquanto choraminga ofendida por só poder beber aquele bocadito.

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quarta-feira, outubro 28, 2009

Tal pai, tal filho

No sábado, vesti um vestido assim mais para o curto. Quando fui a casa dos meus sogros e tinha um fio da meia puxado e o meu sogro reparou:
-" Olha o que tens na meia."- e tocou lá com o dedo.
Eu, que tenho uma relação muito boa com o meu sogro:
-" Faz de tudo para me agarrar as pernas."
Ele:
-" Sabes, é que hoje estás muito sexy (ele disse sexe, mas para o caso também não interessa nada)."
Pelo menos, quando o Pedro não quiser saber mais de mim, já tenho alternativa. Eheheh.

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terça-feira, outubro 27, 2009

Estás forte, estás

Ando sempre sem dinheiro. À terça-feira preciso sempre de um euro e pouco, para pôr no estacionamento do sítio onde trabalho. Recorro sempre ao Pedro. Hoje, quando lhe pedi umas moedas, ele:
-" Se melhorares o teu desempenho, talvez para a semana recebas mais."- enquanto se ria.
Tão engraçadinho, logo pela manhã.

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sexta-feira, outubro 23, 2009

Dos dias

São 17 horas e vou almoçar agora. Ontem tive novamente uma hipoglicémia, e lá fui ao centro de saúde dar mais o prejuízo de uma garrafa de soro, ao Sócrates. Levantei-me rapidamente e fui trabalhar, que o avanço do país, não se compadece com cheliques de gajas com o "açúcar" baixo.
Estou igual. Aparentemente bem, até à próxima vez. Depois da sra enfermeira me ter diagnosticado uma depressão, porque "de certeza que não anda a dormir bem". E da médica me ter dado, para além do soro para repôr os níveis de glicémia, meio diazepam. Que me foi colocado debaixo da língua e rapidamente tirado (pelas minhas belas mãos) antes que me drogassem para o resto do dia. Depois não teria outro remédio senão dar contas ao país, porque é que uma pessoa com tão bom corpo para trabalhar, não o tinha feito a uma quinta-feira.
Passadas umas horas, a tal enfermeira do diagnóstico, veio perguntar-me como me sentia. Se estava mais feliz. Fiquei embasbacada a olhar para ela. E a pensar se lhe responderia:-" Feliz? Claro. Com uma garrafa de soro que me refrescou as veias. Quem não se sentiria?"
Depois lembrei-me do tal diazepam que "acalmou o meu bolso" e respondi-lhe com o ar mais feliz que consegui:
-" Sim, já estou muito melhor."
Aparentemente convenci-a. Saiu com um ar radiante.

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quarta-feira, outubro 21, 2009

Começa a ficar repetitivo...

mas a pequena fala mesmo que se desunha. E eu não quero esquecer-me desta fase, nunca.
Hoje, viu o despenseiro das especiarias aberto:
-"Maiê, checha (mãe fecha)- enquanto ia tentando fechar.

Temos dois Noddys iguais. Ela:
- "Qué gáis (queros os iguais)"- apontando.

Vai buscar o creme e pede-me "quéma" (creme), os óculos "ócas" e o "péu" (chapéu) e diz, com um ar de charme:- "Uaaau".

Vai buscar um papel, pede a caneta (não me lembro como) e diz:-" Exqué (escreve)."

Põe os sapatos (apátas) ao pé do meu nariz e diz: -"Cheia (cheira)", enquanto ri muito e vai dizendo "buuu" (tipo, que cheiro mau). Também faz o mesmo com as toalhitas. Diz "Tem cócó" e dá-me as toalhitas para cheirar.

É ciumenta. Nós, eu e o papá Pedro agarradinhos, e ela em direcção a nós:
-" Panha. Cóio. Mainhé minha (Apanha/agarra-me. Cólo. A mãe é minha).

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Pensamentos

A pequena já foi à escola hoje. Ontem já estava melhor, mas não foi porque se não recuperar totalmente antes de voltar à escola, é certo e sabido que passados uns dias, volta a estar doente. De manhã foi comigo para o trabalho e portou-se bem. À tarde ficou em casa da minha mãe.
Hoje vesti-as de igual (estavam tão giras!) e tirei-lhes umas fotos. Na escola vão tirar-lhes mais (isto todos uns meses tem que haver uns extras...) e nós como não temos muito tempo para ir para o fotógrafo com elas, aproveitámos para fazer um pequeno book, a preço em conta. Vamos ver se fica bonito.
A Mariana ia toda orgulhosa porque adora ver a irmã igual a ela. A Matilde fazia pose para a fotografia, como se percebesse. Eu confesso que sempre sonhei com isto. Ter duas filhas e vesti-las de igual. Gosto tanto. E nem a opinião de algumas pessoas que acham uma piroseira, me faz mudar de ideias. Gosto mesmo. Tanto, que sempre sonhei com poder fazer isso. Porque também nós as três, em épocas especiais, andávamos vestidas de igual. E eu adorava. E com as minhas filhas, até elas me deixarem, também vai ser assim.
(O Pedro no outro dia falou-me num contra de fazer isto: a Matilde vai usar roupa igual durante três ou quatro anos. Se for uma saia que vista, por ex., durante dois anos, e se a saia da irmã lhe der para mais dois anos, vai vestir a "mesma" saia, quatro anos. O.K. há-de arranjar-se solução para não parecer que a cachopa usa sempre a mesma roupa. Colocar adereços diferentes ou coser qualquer efeito para modificar a peça. Amor, tu sabes que desta cabecinha sai sempre uma solução. Tu pensas nos problemas, eu resolvo-os. Somos ou não, uma dupla imbatível? ;))

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Do Outono

Já tinha feito as pazes com o Outono. Os últimos dias no Algarve, que nos permitiram ter sol praia e piscina, permitiram que visse o Verão partir, sem ficar nostálgica. Confesso que até já estava mentalizada para este tempinho, e a pensar nas roupas que posso vestir às miúdas, nas batatas doces e nas castanhas. Gosto desta altura do ano também pelo dia do bolinho e por se aproximar o Natal, que adoro. Mas não havia necessidade deste frio. E sim, já tenho botas calçadas e só não visto o sobretudo porque tenho vergonha. Já não me lembrava que não suporto frio e que ter os pés gelados é uma sensação muito desagradável.

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segunda-feira, outubro 19, 2009

Hoje

A noite foi passada quase em claro para não deixar a febre das pequenas subir e por causa da ansiedade. O facto de ter de ficar em jejum pelo menos até às 10 horas e o desconhecido do exame, deixaram-me apreensiva. Claro que o resultado do exame também me preocupava.
Logo pela manhã a mais velha exigiu ir à escola e como não tinha febre nem tosse, acedi. A mais nova foi para casa da minha mãe.
Lá fui fazer o exame e como ia tão stressada, nem foi assim tão mau. Endoscopia alta. O nome diz tudo. As auxiliares foram excelentes e o médico também. Não é confortável aquele gel que sabe mal e não deve ser engolido. Não é confortável aquele tubo enorme e que liberta gás no estômago, principalmente para quem tem vómitos como eu. Mas parece que me portei bem. Pelo menos esforcei-me. Pensei que se já tive duas filhas, também não era aquilo que me ia matar. Concentrei-me na respiração e no que me diziam. Atenta também ao que se passava, claro. Parece que tenho as entranhas finas, entre outras coisas. E que por isso não faço bem a digestão. E a dor será do estilo de vida e alguns alimentos. Mas tenho de ir à consulta para tentar resolver a questão.
O resto do dia estive bem, tirando a sensação que o tubo ainda estava lá. Agora à noite, tenho uma ligeira dor a engolir. Dói-me também o pescoço atrás. Nada que não se aguente. Estou ainda mais mal disposta que antes, mas também deve ser normal. Mas estou principalmente aliviada.
(Obrigada Jane e quem se preocupou comigo.)

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Cá por casa

É uma da manhã e eu não tenho sono. Estou stressada. Amanhã vou fazer o dito exame e já sinto aquela sensação de borboletas na barriga.
A pequena teve ranho na quinta, tosse na sexta de manhã e à tarde ligaram do infantário porque estava sub-febril. À noite com 38,2ºC, abriu a época do Ben-u-ron e do Ventilan e durante o dia de sábado esteve apenas com a respiração mais pesada. À noite voltou a precisar de antipirético, tal como hoje de manhã. Hoje à tardinha voltou aos 38 e tal e agora já parece mais calma. Dorme sossegadinha.
A mais velha começou com tosse à tarde e os 37,2º C foram subindo até aos 38,1º C e teve que iniciar o ben-u-ron também. Já não me lembrava da última vez que tinha precisado dele. Está a dormir sossegada mas ainda um pouco quentinha.
Nunca tinham estado doentes as duas ao mesmo tempo e "escolheram" um dia muito mau. Mas amanhã é outro dia. E está aberta a época dos vírus.

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domingo, outubro 18, 2009

Da fala dela III

Pois Ianita, tens razão. E aponta para a minha irmã e diz:"Báca" (vaca).
Ups.

E hoje:
-"Sai mãe. Sai mãe."- Assim. Perfeitinho. Só porque eu estava à frente dela. (E a cachopa não sabe que cá por casa não é mãe? É mamã.)

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quinta-feira, outubro 15, 2009

A "piquinita" e a fala

Pegou no livro dos animais e apontou para o "pápáto" (macaco), "báca" (vaca) e "mé-mé". A seguir imitou "pópótame" (hipopótamo) e lão (leão). O Pedro diz que ela imita muito bem os sons (ainda no outro dia imitou um "ninguém" perfeitinho, e tudo o que dizemos, ela parece um papagaio. Um amigo meu, ontem ao telefone, admirava-se de ela falar tão bem. E também ontem, enquanto a minha tia a levava para brincar:
-" Qué mãe. Num tá cá"(Quero a mãe. Não está cá.)- pedia ela.
Sempre que nos vê a ir à casa de banho e quando tem cocó:"Tem cócó."
Quando a irmã está a brincar e ela também quer, diz logo:"Tamém qué." (Tambem quero).
No elevador a disputar um brinquedo com a irmã:
-" À bebé. É meu." (O bebé. É meu)- a vizinha que desceu connosco até comentou o facto de ser um bebé tão pequeno e tal...
Quando chegámos a casa, começámos a ouvir um barulho tipo martelar e ela, muito concentrada de dedito espetado:-" Chiiiu".
Eu fico todos os dias espantada com a facilidade dela na fala (especialmente porque a mana era tão "espanhola").

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A "piquinita"

O dentinho que tinha erupcionado há apenas três semanas (o último de 4 que tem, o ICSD) foi parcialmente partido agora à noite, numa brincadeira com a irmã. Cortou também o freio, o que lhe deu direito a sangue e algumas lágrimas. Mas com ela, o choro é sol de pouca dura e rapidamente se esqueceu. Agora quando lhe pedimos para ver a boca ou o dói-dói, abre a boquita e fica à espera que vejamos. Tão linda (Ai aquele dente. Queria tanto que ela tivesse um sorriso lindo, como o da irmã).

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quarta-feira, outubro 14, 2009

29 anos

É inevitável neste dia, lembrar-me de todo o teu percurso desde um bebé louro, reguila e roliço ao que és hoje. Sobressaem os teus momentos de humor, especialmente. E a disponibilidade. O teu jeito desajeitado. O entusiasmo contagiante.
E 29 anos depois, continuamos aqui. A chorar contigo. A sorrir contigo. Tantas vezes à tua espera, outras tantas a tentar acompanhar-te. Mas sempre. Até aos 100 (e já só faltam 71).
Amamos-te muito. Parabéns. Com uma vida plena.

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Parabéns tita Vera

A mamã disse-nos que fazias muitos anos e por isso queremos dar-te os parabéns. Mas queremos também soprar as tuas velas e comer o teu delicioso bolinho. E quanto ao presente, pode ser muitos beijinhos?
Parabéns tita Vera, das tuas sobrinhas mais lindas.

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terça-feira, outubro 13, 2009

Com o início das aulas (às quais ainda não fui sequer)

O caos está instalado novamente na minha vida.

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domingo, outubro 11, 2009

Do dia de hoje

Acordei um pouco antes das 7 h como normalmente, e senti a casa a girar. Comecei a sentir-me sem forças e a suar. Estava tipo cal. Reconheci os sintomas por causa doutro episódio semelhante que já tive há uns anos e meti logo um pacote de açúcar debaixo da língua. Fomos até ao SAP que é aqui ao lado. A médica mal olhou para mim (o que já nem estranho, porque por estas bandas a Medicina é feita assim), mal me tocou (palpar nem vale a pena, que dá muito trabalho) e inventou um diagnóstico. Tentei explicar-lhe bem os meus sintomas porque me pareceu que ela estava um pouquito equivocada. Mas pronto, enviou-me para o hospital. Lá, fui à triagem, pulseira amarela e maca. Lá fiquei a "aproveitar" a hipoglicémia, visto que me deixaram 3 horas (e pouco) à espera. Claro que ao fim de cerca de 2 horas eu estava a entrar em hipoglicémia novamente, mas fui salva pela bela da cunha. Vi passar uma enfermeira que conheço e pedi-lhe um pacote de açúcar (que o meu estava a acabar) e ela trouxe-me um chá. Ao fim das tais 3 horas, lá me espetaram a veia da mão (tão bom!) para me sugarem o sangue e encharcarem o restante em medicação.
Depois de mais 4 horas à espera e muitas peripécias, lá vim com medicação para a tal dor que tenho tido, e um pedido do tal exame que terei de fazer.
O resto do dia tem sido difícil. Sinto-me fraca e tenho medo que volte a acontecer. Principalmente que seja num dia que esteja sozinha com elas. Mas enfim. Não vale a pena sofrer por antecipação.
Quanto à noite de hoje, já estou a esfregar as mãos de contentamento. Quando me vierem com queixinhas e lamechices (e já não há-de faltar tudo, principalmente umas pessoas que eu cá sei) só terei uma pergunta: Não os puseram lá? Agora aguentem-se.

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sábado, outubro 10, 2009

A mente no seu melhor

Continuo doente. Uma dor que me acompanha há já umas semanas. Assim que o médico me falou num exame do qual eu tenho um medo terrível, a dor desapareceu (bem, quer dizer, não totalmente, mas quase).

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Às vezes até me esqueço que tem apenas 15 meses

Mama até ficar satisfeita. Quando não quer mais, tira a boca da mama, diz "tá tá" (já tá) e puxa-me a camisola para cima (nada de misérias à mostra, deve ela pensar).

No hotel onde estivemos, havia uma música que a Mariana gosta de dançar. A coreografia é qualquer coisa como esticar os braços, cerrar os punhos, levantar os dedos, pôr a cabeça para trás e rodar. A Matilde estica os bracitos, põe a cabeça para trás, dá uma volta e entoa a música. O máximo (amanhã tenho que filmar...)

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Da fala da pequenita

Hoje, como quase todos os dias, mais umas palavras novas. Pegou num prato, mostrou-me e disse:
"plata" (prato). O "mou", foi sustituído por um "meu" perfeito.
No outro dia eu estava a dar meia bolacha à Mariana como recompensa, e disse-lhe que não mostrasse à irmã. Ela estava na divisão ao lado, e ouviu. Começou logo a gritar:
-" Boácha"- assim, (quase) perfeitinho.
Ontem no infantário, a educadora C. lá me dizia (again) que ela era muito desenrascada, que queria fazer tudo sozinha e que já falava muito. E eu não sei? O que estranho, é a forma quase correcta como diz as palavras. Para mim é novidade, visto que a mana era uma espanholita (Mas também falava muito, que isso deve ser genético. A minha mãe costumava dizer que eu ainda era bebé de colo e já falava muito e bem. E quando era mais velha, os meus pais diziam-me pelo menos cem vezes ao dia: "Cinco tostões para te calares". Nunca me deixei comprar. Eheheh.)

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Da Mariana

-" Papá, não há mana mais gira que esta."

A recusar a sopa do jantar:
-" De certeza que isto me vai fazer mal."

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8 de Outubro

15 meses.Uma energia inesgotável, um sorriso malandro e uma ternura sedutora. És assim, pequeno furacão. E eu amo-te tanto.

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quarta-feira, outubro 07, 2009

É o Pedro e basta

A Matilde a berrar, do Algarve para cá (até a mim, me apetecia berrar), e o Pedro:
-" Matilde, só faltam 5 kms."
-" Oh mor, mas olha que a placa dizia que faltavam 10 kms."- dizia eu.
-"Deixa lá, ela não sabe os números."

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Do dia de hoje

Hoje tive um dia... Começou logo mal, a lidar com gente que tem a mania que é superior a todos os comuns mortais. Depois de uma tarde horrível, em que aconteceu um pouco de tudo, chego a casa e a minha filha mais velha decide presentear-nos com um " fôga-se". Eu chocada, lá lhe expliquei que era uma palavra muito feia (era demasiado feia para eu ignorar). Não brinquei quase nada com elas. Mal os vi, aos 3. E já passou a noite e é (quase) hora de dormir. Amanhã é outro dia e espero que bem melhor.

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76

Lambe you.

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Ainda da mania dos sinais

-"Mamã, aquele carro está estacionado no proivido. Ele não vê nada, mamã? Não olha para os sinais?"

(Mamã Cat, tens razão, as carraças são as carroças. É aquele sinal de proibição das auto-estradas.)

Pergunta os sinais, quando nós não os vemos, e como temos que responder sempre, inventamos.
-" Não mamã, não é esse. É assim, blá blá blá....Vocês não olhem para os sinais. Não sabem que têm que ver os sinais todos?"
E o Pedro já anunciou que vai "matar" a educadora, se for ela a responsável por este interrogatório constante.

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Ainda do furacão lá de casa

Ainda não tem medo de enfrentar ninguém. No outro dia chegou à escola com o seu bebé ao colo, foi ter com uma miúda mais velha que ela, encostou-lhe o bebé ao peito e com um ar de desafio:
-" Bebé. É mou." (Este bebé é meu.)- enquanto o retira rapidamente e o encosta ao seu peito novamente, com aquele olhar "ai de quem lhe mexa".

Chega ao pé da irmã e tira-lhe os brinquedos com uma rapidez que só vista. Grita muito se a irmã tenta recuperar os brinquedos. Puxa-lhe os cabelos e tenta morder-lhe.

Hoje ainda estava a dormir. Agarrou o edredon e gritou "Mou"(meu), virou-se para o lado e continuou a dormir. (Até a dormir, my God).

Ontem, estava a brincar com uma prima que veio de França, um ano mais velha que ela. De repente, a prima que tem 5 kilos a mais que ela, encostou-se e ela bateu com o queixito. Levantou-se, e batendo-lhe: "É má" . Assim com as letras todas.Tão rápida que só deu tempo de a ir buscar quando já tinha dado na prima. A prima nem percebeu. Claro que todos se riem dela. E eu nem sei como fazê-la ver que está a fazer mal. Se lhe "sacudir o pó", ela ri-se, pensa que a estou a desafiar e começa a bater-me e a dizer "tatau". Se a ponho de castigo, olha para mim com aquele ar de "sou a bebé mais linda que conheces" e agarra-se a mim. Se lhe faço ar de má, olha para mim como se não percebesse.

Ontem os meus tios até faziam novamente a observação: "Esta miúda saiu da cadeirinha e começou a andar. Nem se viu gatinhar nem nada. E é sempre tão desenrascada. Chegou ali ao triciclo, levantou a perna e sentou-se." E é verdade. A Matilde era tão sossegada que ficava na cadeirinha e ninguém dava por ela. Assim que conseguiu andar (e eu acho que ela começou a andar cedo para poder fazer maldades), transformou-se num furacão. Não há ninguém que não se aperceba da sua genica. Eu que não estava habituada a uma assim, acho estranho que um bebé possa ter-se transformado de o bebé mais calmo que conhecia, num bebé tão cheio de vida. A verdade é que passam o dia a perguntar-me por elas e eu passo o dia a responder:
-" A Mariana porta-se bem, a Matilde nunca pára. Está tão reguila, tão mexida."
E as pessoas dizem que é normal da idade. Até a verem.

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terça-feira, outubro 06, 2009

Há uns dias

Estes dias estivemos de férias. Férias mesmo férias. Daquelas tipo República Dominicana Portuguesa. Dias bons, muito sol, muuuuuita comida, tudo incluído, muitos ingleses e espanhóis, muita animação, as miúdas a colaborar, praia, jacuzzi e piscina. Viemos renovados, com um pouco mais de cor (mas não muito) e um pouco mais pesados (de certeza). Não fora a viagem de 6 horas para cá (e sim, só viemos do Algarve, não foi da República D.), porque o menino decidiu vir pela costa Alentejana e teria sido perfeito. Se eu fosse Primeira Ministra acabava com a N120 e com aquelas belíssimas curvas. Como diz o maravilhoso do meu marido, uma viagem inesquecível (Inesquecível também a vontade que eu tive de o matar. Eu enjoo caso ele não saiba...).
Estivemos aqui e recomendamos.

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segunda-feira, outubro 05, 2009

Acerca do meu último post

Recebi isto de um amigo. Obrigada A.. Confesso que chorei, porque me revi neste pequeno filme. Mas adorei. Um beijo.

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sábado, outubro 03, 2009

2 de Outubro 2009

Farias 57, mas nunca te comemorámos os 49. Eras novo demais para partires assim e todos os dias o lamento. Mas consegui ter-te volta, pelo menos por uns momentos. Desde que partiste, comecei a sonhar contigo. No início eram apenas pesadelos, que me faziam reviver aqueles que foram os onze meses mais difíceis da minha vida. Durante muito tempo sonhava contigo e com a tua doença. Chorava contigo, revoltava-me, sofria, como se a vida nos "permitisse" sofrer mais um pouco. Acordava de rastos. E foi assim durante alguns anos. Até que um dia percebi que por mais que doesse, não irias voltar nunca. E deixei-te partir finalmente. Com a mesma dor, mas com outra esperança. Secreta. Que jamais partilharei. Sei que vai acabar por ser assim. E esses pensamentos permitem-me continuar todos os dias. E sonhar contigo, doutra perspectiva. Em cada sonho, apareces feliz, com aquele sorriso que te caracterizava. E já não estás doente, porque já te curaste. Assim. Sei que estiveste doente, mas venceste a doença. E rimos muito e abraçamo-nos. Também discordas comigo. Ralhas, chamas-me a atenção. Tudo tão real. E eu acordo renovada. Cheia de ti. Serena.
Hoje cruzaste o meu sonho novamente. Apareceste, sorridente como sempre, olhaste para mim, piscaste o olho e saíste. Percebi-te. Sei de cor, o que vieste dizer-me. Procurei-te mais uma vez durante todo o sonho, embora soubesse que hoje seria apenas assim. Insanidade? Não. Um amor insubstituível e eterno. Que aprendi a reviver à minha maneira.
Amo-te como sempre, para sempre, papá. Parabéns.

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