Sorrateiramente...
Estou no mestrado.Tenho que ser discreta...
Amanhã tenho que estar no Porto às 9. Às 9... ( e não dormia, era? Será que os mestrados são feitos só para as pessoas do Porto?)
É, segundo me explicaram, quando os bebés ficam uns segundos em pé sozinhos, a fazer "tem-tem", até cairem. É portanto uma manobra acrobática para o bebé, e de diversão para os papás.
a Mariana já faz "tem-tem" (Também não sabem o que isso é? Eu também não sabia, aprendi há pouco).
O pesadelo repete-se, a 3 dias de fazer 9 anos desde a primeira vez. Resta-nos rezar e esperar que não seja assim tão mau. E nestes momentos fazes-me ainda mais falta papá.
Ontem o papá deixou-te sentada a brincar no ginásio. Quando ele te foi espreitar estavas do outro lado, muito mais para a frente e sentada na mesma. Como terás ido lá parar?
Na segunda feira dia 13, levantou-se sozinha apoiada na avó L.. Fiquei superfeliz. A avó L., quem sabe mais atenta nestas coisas, diz que não foi a primeira vez. Para mim foi. Ainda não a tinha visto fazer isto. Depois disso, é vê-la levantar agarrada a tudo e mais alguma coisa.
Assim que tiver uns minutinhos venho logo, logo, agradecer-vos e retribuir-vos os comentários. Está bem?
Já dizia o Pinto Da Costa: "A taça é de barro".
O (portista) papá Pedro foi com a (sportinguista) mana Rita, o (portista) pai dele e o (benfiquista) namorado da mana Rita ver o Porto-Sporting.
"Há dias de manhã, que uma pessoa à tarde, não pode sair de casa à noite."
mais um dia do pai sem te poder abraçar. Mas este ano foi diferente. Passei o dia num país que tu amavas, a pensar em ti. À noite enquanto cruzávamos as nuvens, "sonhei" que voava para junto de ti. Estive mais perto do céu, mais perto de ti. E enquanto percorria este céu "dei-te" as mãos e voámos só os dois. Fazes-me falta papá.
Voltámos com energia renovada. Passámos uns dias excelentes. A Mariana adorou o calor e a água do mar e da piscina. Agora estamos ansiosas que venha o Verão. E hoje até parece que o trabalho "custou" menos...
Chegámos agora (e pensar que há 13 horas apenas estávamos numa piscina com água a mais 20 graus do que estão aqui de temperatura...ai).
Finalmente férias. Vamos tentar manter o blog actualizado. Prometemos ser breves (mais que o que queríamos, claro).
O papá Pedro diz que o meu decote já denuncia o meu espírito "natalício". É para o "choque térmico" não ser muito grande.
Era uma estrada daqui até lá se faz favor...
e algumas horas de trabalho. Ainda não tenho nada pronto. Só a roupa da Mariana é que já está inspeccionada para ser escolhida. Já comprámos a tenda de protecção de UV e já temos os bilhetes e os passaportes. Tudo o resto está por preparar por falta de tempo. Tenho que ir tratar de mim, trabalhar e depois então arrumar tudo. Férias, ai o que eu esperei por elas...
Estava a "conversar " com a Mariana. Tentava explicar-lhe que iríamos estar 9 dias juntas, para fazermos o que quisermos. De repente lembrei-me que já há muito tempo que não estavamos juntas tantos dias. Tinhamos estado 5 dias em Setembro no Algarve e fomos tirando uns fins de semana prolongados. Quando ela nasceu estive 10 dias em casa com ela. E mais? É verdade. Nunca estive tanto tempo com a minha piolha sem trabalhar. E é no momento desta descoberta que reparo quanto lamento não poder estar mais tempo com ela. E choro, de raiva por ter esta vida, de pena por não poder alterar os factos, de desejo de conseguir compensar isto. Vou aproveitar ao máximo estes dias. Como se só existissemos nós (e o papá Pedro, pois claro).
Pelo terceiro dia consecutivo, a Mariana choramingou e estendeu-me os braços quando a deixei no infantário. Hoje voltei atrás e vi que ela já estava a rir e quando me viu teve novamente a mesma reacção. Parece-me que ela já sente que eu vou embora mas depois esquece logo. Está a crescer a minha piolha.
Trinta e três meses num percurso (que esperamos) de muitos anos. Obrigada amor por estares sempre aqui.
"Gostava de ir a Miami, vamos lá um dia?" - dizia a mana Vera.
O Pedro viu e comentou: Ah, estes foram fáceis. Nasceram num instante.
Parece que os bilhetes já foram emitidos. E já só faltam 6 dias.
Depois de uma noite bem dormida e do descanso (o trabalho ontem foi violento, como todos os sábados) estou com outra visão. O tempo passa, nós mudamos mas hoje sou com certeza mais feliz. Tenho a minha família que adoro, o meu marido que é um doce, um bom amigo, o melhor marido do mundo (ainda que não tenha tido mais nenhum), uma filha que é a minha principal razão de sorrir todos os dias. Tenho uma vida mais ou menos organizada (com excesso de trabalho pois claro, mas antes assim) e quero continuar a minha vida a pensar que vale a pena evoluir. Talvez algumas características nossas se vão com o tempo, mas outras senão melhores, pelo menos equivalentes, substituirão estas. Hoje sou pelo menos mais completa, mais estável, com mais "bagagem" para enfrentar a vida e logo mais "disponível" (se não falarmos em termos de tempo, claro) para ser e fazer as pessoas felizes.
" O momento mais violentamente feliz para o qual o Homem está preparado." Terminava assim uma reportagem sobre a maternidade. Vi e ouvi atentamente. Tremi e chorei ao ver aqueles bebés a nascerem. Recordei intensamente aquela noite de 1 de Julho em que fiquei tremendamente mais completa. O nascimento da Mariana foi violentamente mágico. Desde aí que não consigo ver um parto sem chorar. É mais forte que eu. As imagens daquela noite reavivam-se e sinto-me frágil e pequena perante o milagre da vida.
Esta noite, ao mexer numa (das muitas) caixa de recordações, li uma carta duma amiga (da qual perdi o contacto) que viveu comigo no primeiro ano em Coimbra. Lembro-me de passarmos serões a estudar as duas enquanto falávamos da matéria uma à outra, a conversar sobre nós, sobre os nossos sonhos, etc. Deixávamos recadinhos e animávamos uma à outra em momentos mais difíceis.Esta noite peguei numa carta dela ao acaso. Dizia qualquer coisa como: " Admiro a tua inteligência, a tua beleza, a tua força, a tua maneira de dar conselhos e o misto de tristeza e doçura do teu olhar."Fiquei a pensar que hoje em dia talvez já não tenha amizades tão puras e dedicadas como foi esta. Que em tempos alguém me achou bonita e inteligente. Que talvez até já tenha sido uma pessoa doce. Que ouvia frequentemenete este tipo de elogios. Que há muito tempo que não ouço. Que talvez não os ouça por fazerem parte do passado. E ponho-me a pensar que talvez o melhor de mim se tenha perdido. Que talvez a minha vida seja agora mais virada para o dia a dia, sem dar o melhor de mim aos outros, sem me cuidar como devia, sem a força doutros tempos. Talvez os olhos tristes e doces de antigamente sejam agora uns olhos cansados, desgastados, fartos de algumas coisas, ávidos de outras. Não sei se tenho saudades daquele passado mas tenho a certeza que alguns momentos daquele passado me fariam extremamente feliz agora. Tenho saudades, talvez, da minha inocência, da minha dedicação, da minha vontade, da minha alegria. E quando pensava que era muito mais completa, muito mais madura, descubro numa simples carta que sou afinal muito mais superficial, muito mais supérflua. E choro porque estou a perder o melhor de mim. E não sei se terei alguma vez tempo para voltar atrás...
Fomos às vacinas dos 6 meses ontem. Costumamos ir sempre no dia que faz meses ou no dia mais próximo mas as doenças impediram-nos. Finalmente ontem lá fomos. Já estava a ficar preocupada. Até comentei com a enfermeira que estava a ver que a miúda ia para a universidade sem as vacinas. Chorou com birra assim que a deitei na maca mas não reagiu às 3 "picas". Não fez qualquer tipo de reacção e esteve todo o dia bem disposta. Já chega de doenças...
Com um pouco de jeito a escolher e algumas roupas que tinham sido emprestadas e eram grandes, lá conseguimos arranjar vestimentas de Verão para a piolhica. Agora só faltam umas t-shirts. O sol espera-nos.
Já sei que a minha mamã anda a dizer que eu peso 7 kilos, mas eu pesei-me hoje de manhã antes de mamar e a balança dizia 7.160 kg. A minha mamã ficou toda contente porque eu finalmente engordei. Um bebé já nem pode estar doente.
Pão de ló de Alfeizerão
Fiz um pão de ló de Alfeizerão para lhe cantarmos os parabéns pelos 8 meses. Enquanto tirávamos fotos, a menina Mariana decidiu pôr lá as mãos e remexer na parte mal cozida do bolo. Resultado final: bebé satisfeito e uma porcaria que das mãos passou para tudo o que estava à sua volta.
Deixei-a mais cedo que o costume no infantário. Sabia que só a voltaria a ver quase 12 horas depois. Tinha que magicar uma maneira de a ver mais cedo. Só tinha 15 minutos para almoçar mas como passei perto do infantário, parei. Toquei e veio a C. abrir-me a porta. Perguntei a que horas tinha comido a sopa e expliquei que ia chegar tarde a casa, e precisava de fazer as contas para ver se ela se aguentava com a papa e as sopas até eu chegar a casa (bela desculpa). E depois discretamente como quem não quer a coisa, perguntei se podia ir vê-la. A C. disse que sim. Dormia, linda. Olhei para ela uns segundos e vim embora. A C. deve ter pensado que eu era tontinha. Eu vim melhor (mas confesso que com as mesmas saudades). Ai, estes ataques de saudades...
Parece outra. Voltou a ser uma bebé calma, paciente, risonha e meiga. Como já não a via desde que ficou doente pela primeira vez há um mês e meio. Primeiro a bronquiolite, depois a constipação e agora por último a otite (com direito a um fungo pelo meio) deram-nos um mês e meio complicado. Uns dias melhores, outros piores mas desde que está melhor passou a sorrir muito outra vez. Este fim de semana no aniversário da avó portou-se superbem e ontem passou um dia espectacular. Sorriu, brincou, dormiu sem fazer fita (yes!) e esperou pacientemente que víssemos o cortejo na Nazaré. À noite a brincar, soltou gargalhadas que me trouxeram alívio e me encheram de alegria. A minha princesinha "voltou".