Ontem, depois de mais uma linda cena "típica" da educadora da Mariana, tive uma conversa com a directora da escola. Saí de lá de rastos, porque percebi que por mais que me esforce, a minha maneira de ser, não é compatível coma personalidade da educadora. E o que mais me revolta, é que o assunto até nem era directamente com a educadora, mas ela intrometeu-se e resolveu à maneira dela. E tem uma maneira tão estranha de resolver os assuntos, que me ponho a pensar que decididamente não era uma pessoa assim que queria para educar a minha filha. Custa-me especialmente porque não gosto desta sensação de estar sempre pé atrás com alguém. Não condiz comigo. Gosto de me dar bem com toda gente para não ter problemas. Eles já aparecem sem os pedirmos, quanto mais ainda os arranjarmos voluntariamente. Mas já vi que neste caso não dá. Ainda há muitos assuntos que não consegui ultrapassar.
Pois bem, depois de sair de lá, em lágrimas (que a directora foi o mais atenciosa e correcta possível, mas eu estava demasiado nervosa), liga-me a "excelentíssima" educadora a dizer que tinham feito o ventilan à Mariana, mas ela continuava com uma crise de tosse e falta de ar. E que estava muito acelerada (taquicárdica). E já tinha ido dar uma volta com ela, mas que não resolvera.
Na Segunda-feira à noite, teve uma crise vinda do nada, que acalmou como sempre, com o Ventilan. Na Terça-feira, na escola à hora de almoço, outra. Na Quarta-feira ao final da tarde teve novamente tosse, que se resolveu da mesma maneira. Apareceram-lhe também umas borbulhas na cara, como sempre que tem estas crises.
Ontem quando acordou, reparei que não reagiu tão bem ao Ventilan como costume, mas pensei que apenas demoraria mais tempo até fazer efeito (por vezes acontece). Quando a fui buscar, tossia como nunca tinha visto. Não parava mais que 2 ou 3 segundos. Liguei para a Saúde24 e fomos enviadas para o hospital. Depois de auscultada e feita a oximetria (92), fez 3 "máscaras", Rosilan e um anti-histamínico. Portou-se muito bem mas viemos para casa com uma menina ainda com muita tosse. Fui trabalhar aqui perto e ela ficou em casa da minha mãe, até o Pedro chegar. Tossiu toda a tarde, embora já respirasse melhor. À noite, custava olhar para ela. Branca como cal, e com umas olheiras fundas. Durante a noite, a tosse acalmou mas estava cada vez mais branca. Por volta das 4 da manhã, estava toda suada, e até os lábios pareciam brancos.
Por volta dessa hora também, a Matilde que esteve a mamar toda a noite, começou a ter febre (38,9º C). Já andava com uma ligeira "farfalheira" desde há dois dias.
E eu não dormi nem uma hora seguida. Depois do desgaste do dia, do trabalho e da noite, levantei-me e nem me segurava em pé.
Agora estão melhores. A Matilde já não tem febre e a Mariana já respira melhor. Vamos vendo.
Em relação à Mariana, vou dar a última oportunidade à pediatra de averiguar a situação. A médica do hospital disse-me que não podia medicá-la para prevenir estas crises porque "não conhece" a Mariana. Óbvio. Mas desde sempre que digo à pediatra que ela quando corre, tosse. E que basta mexer em qualquer coisa (pó?) que pode desencadear uma crise.
A educadora acha que é stress e que sou eu que lhe provoco essas crises (como já me chegou a dizer) e que as borbulhas que ela arranha que lhe aparecem nestas situações, são tiques. E depois pergunta-me sempre se já fui ao médico com ela. Eu já lhe respondi que sim. Ela acha que eu devia ir à pneumologista ou ao alergologista. Em relação ao primeiro, a assistente de um deles disse-me que não valia a pena vir tão nova, que ele antes de determinada idade não lhe fazia nada. A pediatra aconselhou-me também a não ir. Em relação ao alergologista, também teríamos que esperar por esta idade. E para além disso, a pediatra é que deve encaminhar. Eu já não posso ouvir a educadora a dar palpites. Mas a verdade é que a criança também não pode continuar assim. Cada vez que há frio, ou corre, ou há pó, lá vem outra crise. E é por isso que vou tentar mais uma vez, resolver com a pediatra. Se não der solução, tomo outras providências.
Mas tive muito medo, ontem. Nunca a tinha visto assim. A minha rica menina.
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