terça-feira, outubro 31, 2006

Baptizado

Cirilo:

Dois meses (e um dia) depois, a vida não nos parece (decididamente) mais fácil. Afinal o tempo não cura tudo.

Não me estou a queixar, mas...

Tenho tido umas semanas terríveis. Sábado dia 21 fui para Montemor trabalhar e esses dias são sempre supercansativos. Cheguei 12 horas depois mas ainda fomos para casa da madrinha Raquel (onde jantámos divinalmente) e chegámos a casa depois da meia noite. Nesse domingo não consegui recuperar do cansaço da semana anterior e comecei a semana seguinte já cansada:

2ª feira:
Manhã e início da tarde: trabalho
Sair atrasada para as aulas em Coimbra
Sair de Coimbra e chegar a casa às 21.30
(cerca de 200 kms)

3ª feira
Manhã: trabalho
Tarde: trabalho em Coimbra até 21.30
(cerca de 250 kms)

4ª feira
Trabalho (até cerca das 20.30)
(100 kms)

5ª feira
Manhã: Depilação e prenda do baptizado
Tarde: trabalho depois de uma noite terrivelmente mal dormida (não, a Mariana não teve culpa)
(30 kms, saída às 20 h)
Noite: estudo para o exame (já tinha estudado antes, pois claro)

6 ª feira
Manhã: Exame no Porto
Início da tarde: aulas no Porto
Tarde: ída para Coimbra a "mil"
Fim da tarde: Aulas em Coimbra
(450 kms, 21.30)

Sábado
Manhã: Coimbra
Tarde: Trabalho
(250 kms, 19 h)
Noite: Urgência (20.30)

Domingo
Baptizado
De rastos

Segunda
Dor de cabeça
Cansaço
Dia com trabalho para 2 dias
Insónia (são 2.11 h e ainda aqui ando)

Amanhã
9 horas- Trabalho (ai, ai)

Nunca pensei que esta transição do Porto para Coimbra, com o trabalho e cansaço acumulado mais exames e viagens fosse tão penoso. Estou de rastos e ainda me faltam 2 exames e o trabalho. Só lá para Dezembro é que termina esta "vida dupla" (se aguentar até lá). Mas não me estou a queixar( também, valia-me de muito...)

Dia 11

Estava a falar com o papá Pedro sobre a nossa ida dia 11 a Lisboa para vermos "Música no coração". Que seria uma boa altura para um encontro de babyblogs. Depois lembrei-me que não vamos levar a Mariana por motivos óbvios. Ainda não é desta...

segunda-feira, outubro 30, 2006

Adiar

Bem sei que tinha prometido ser hoje, mas volto amanhã.

De hoje não passa

Hoje venho cá contar novidades. (E responder ao teu questionário, Xana).

domingo, outubro 29, 2006

Temperatura

Acreditem ou não, está aqui um calor como não costuma estar nem nas noites de verão.

(Hoje no baptizado da prima C. andei de alças. E ainda tive calor.)

sexta-feira, outubro 27, 2006

Cantora (e bailarina)

A duzentos metros de casa da avó (ainda sem se ver a casa) e sem nós dizermos nada:
"A...bó, a...bó" - diz ela em jeito de cantilena (sim, porque agora sempre que quer uma coisa, canta a pedir por ela).

"Pápápá, pápápá, pápápá... máááu) - Versão do "atirei o pau ao gato"

"Tá tá, tá tá, papá"- Música da Lili

" Papapapa" - A acompanhar as "galinhas" ou o "tostão" com gestos

Costuma comer uns cereais ao lanche com o papá Pedro. Primeiro aquecem o leite no microondas e depois juntam as bolinhas (cereais).
Hoje:
- "Mariana, vamos comer as bolinhas? O que vamos fazer primeiro?"
- "Té" (leite).
Acho que já é "auto suficiente"...

Palavras novas agora, surgem todos os dias. As de hoje:
"aé"- café
(- "Mariana o que é que o papá vai fazer?"
- "aé")

"enta"- senta
(-"Mariana, senta-te"
- "Enta")

quinta-feira, outubro 26, 2006

Só um minutinho, antes que me esqueça...

No outro dia não me lembrava como se chamavam as plantinhas que tinhamos dado no baptizado da Mariana. Na altura escolhemos aquelas porque são bonitas e parecem flores (tema do baptizado- flor de sonho), mas como são plantas duram mais. Pedimos aos convidados que tratassem delas como nós tratamos da nossa menina, da nossa flor.
Um dia destes fomos comprar as flores para o Cirilo e perguntei como se chamavam as ditas plantas. A senhora disse-me que não sabia o nome certo (mas vimos no livro das plantas que são fitónias, que eu na altura até achei o nome sugestivo por causa das "fitas" da Mariana, mas já não me lembrava) mas que as pessoas lhe costumavam chamar "amor de mãe". Fiquei tão contente.

Prometemos

Como já devem ter reparado aqui o nosso cantinho anda um bocadito "abandonado" (e confesso que só tenho dado uma passagem de olhos nos vossos) mas prometo que depois do exame de amanhã, vou voltar em força.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Oh Xana...

fiquei a pensar naquela do António Cerdeira e como só o vi de relance, queria fazer-te um desafio.
- 3 nomes portugueses de homens que façam o teu género
- 3 nomes estrangeiros que façam o teu género
- 3 nomes que são unânimes mas tu até nem achas nada de especial

Que tal? Assim posso ver se temos gostos diferentes ou se eu estava distraída. (Olha e continuo a não conseguir comentar no teu blog. Assim que tiver um tempinho mando mail, ok?)

Independência mas nem tanto

Agora pede leite a sonhar, agarra na camisola do papá Pedro e puxa-a à procura de leite e pede leite à almofada. (Será que esta coisa da independência lhe deu para achar que também pode mamar sem ser em mim?)

terça-feira, outubro 24, 2006

Cá por casa...

os gatos deixaram de ser "cã" (cão) e passaram a ser "tátu". Ah, e fazem "mááu".

segunda-feira, outubro 23, 2006

Pistas

O Pedro depois de aspirar a casa:
"Olha, encontrei por aí muitos cabelos teus. Engraçado é que não encontrei nem na cozinha, nem na despensa. São só sítios de passagem, não é?"
Olha que realmente, há pessoas com uma lata. (Será que ele estava a insinuar que passa mais tempo na cozinha que eu?)

Adenda- Será que ele não sabe que o criminoso nunca deixa pistas no local do crime? Foi por isso, limpei as pistas todas...

E para aligeirar o ambiente...

Porque é que nunca ninguém me tinha dito que o António Pedro Cerdeira era assim tão... Pronto, tão... (ai, ai, ai, lá vou eu ter que ouvir o Pedro. Mas vocês são testemunhas, eu não disse nada.)

Amor eterno

Empurrou a porta suavemente, olhou para mim e sorriu. Com aqueles lábios bem desenhados, com o sorriso mais doce que consigo imaginar e que tão bem a caracteriza. Sei que me adora e que amor que sinto por ela é eterno. E enquanto corria para os meus braços comecei a pensar no que nos reservará o futuro. Porque ando sensível e a morte e as dúvidas são temas que não me saiem da cabeça. Será que a verei crescer? Que a verei tornar-se mulher, esposa e mãe? Que crescerá íntegra, educada e feliz? Que continuará com aquele sorriso que a acompanha sempre? Será que estarei nos dias em que precisar de mim? Será que lhe afaguarei os cabelos na primeira desilusão amorosa? Ou que terei as palavras certas para os primeiros fracassos? Serei capaz de a ajudar a gerir a dor das primeiras derrotas? E a sorrir e incentivar nas conquistas? Terei capacidade para ser uma mãe, uma amiga, uma confidente?
Chegou a mim, abracei-a, abraçou-me.

Dor

Já estão os dois a dormir. Não consigo adormecer, sinto-me especialmente triste, hoje.
Fins de semana assim, costumavam ser de "festa". O Cirilo ficava até mais tarde para ver os derbys. Jantávamos normalmente em casa da minha mãe todos juntos. E lembro-me de pensar que um dia queria ter uma família assim grande com 2 ou 3 filhos para que as noites fossem tão animadas como eram aquelas. Lembro-me que costumávamos rir e às vezes até "discutir" quando as decisões dos árbitros não eram as que favoreciam o nosso clube.
Tenho saudades da sexta feira, quando via o Peujeot à frente de casa da minha mãe, sinal que o Cirilo já chegara. De ver a minha irmã feliz porque finalmente estavam de fim de semana juntos. Do cheiro a bolos ou a doces que ela carinhosamente preparava para ele. Do "então?" com a pronúncia nortenha que o caracterizava. Do cumprimento quando chegava. Das noites em que fingia que me chatevava de ver o Pedro e ele sempre agarrados à Playstation. De o ouvir defender o Benfica com "unhas e dentes". De me picar quando ele dizia mal do Sporting. De ver a"Bola" e o "Público" em cima da mesa. De o ver a brincar com a Mariana. De esperar por ele quando queríamos sair e ele demorava eternidades.
Porque era das pessoas mais educadas e correctas que conheci. Porque namorava há muitos anos com a minha irmã. Porque vinha cá fim de semana sim, fim de semana não e passávamos algum tempo juntos. Porque passámos também férias juntos. Porque era único e com tanto para nos dar.
Relembro muita vez uma manhã que fomos para casa da minha mãe e a minha irmã levou-lhe a Mariana para "brincarem". Virou-se para minha irmã e disse-lhe: "Tão castiça". Ele gostava da minha filha e tenho a certeza que ela gostaria muito dele. Ele, o tio Cirilo. Que não voltará a falar com ela , a rir-se para ela ou a brincar com ela.
A morte mais uma vez entrou nas nossas vidas. Mais uma vez perdemos assim. Mais uma vez teremos que aprender a rearranjar os nossos dias.
Um dia destes um amigo nosso foi para o hospital em estado grave. Fiquei preocupada mas percebi que não estava tão preocupada como seria normal. E comecei a analisar o porquê. Teria ficado insensível? Não. Percebi que estou a viver o nosso luto. O meu luto. À minha maneira. A chorar a minha dor e ainda sem capacidade para olhar para as outras dores. Porque esta ainda dói muito.
Ainda estou na fase da revolta. Queria saber mais. Queria saber afinal qual foi o microorganismo responsável por tanto sofrimento. Se fizeram tudo o que podiam. Se lutaram pela vida dele como lutariam pela sua própria. Se respeitaram a sua vida como única. Se não havia mesmo hipótese de o salvar.
E relembro muita vez o último sorriso que lhe vi. Quando ainda pensava que havia solução. O último telefonema que lhe fiz. As últimas palavras que me disse.
E tenho tantas saudades...

domingo, outubro 22, 2006

1-0

Para já, estamos a ganhar ao papá Pedro. Eheheheh ( e ela com os bracitos no ar, a dizer uma espanholada qualquer que só pode significar Sporting).

Evolução

A minha filha não só já me deixa pôr-lhe creme na cara, como já "põe" a ela própria.

Sinto-me...

"morta" de cansaço. E amanhã já é segunda feira. Ai, ai.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Aos 15 meses a Mariana

- Continua a "crescer" no percentil 25
- Come muito bem no infantário mas em casa nem todos os dias janta bem. Há dias que come como um adulto, outros dias parece um pisco
- Adormece normalmente já sem mamar (embora tenha mamado antes), dorme na cama dela até às 5 ou 6 da manhã, hora em que pede mama e vem para a nossa cama. Se a deixar dormir, dorme até às 10 ou 11 horas.
- Já estão a erupcionar mais 2 molares e ontem vi um bocadinho dum lateral superior (4 erupcionados mais 3 em fase de)
- Continua a adorar tirar tudo do sítio. Às vezes chego a casa e tenho espalhado pelo chão de casa: Cd´s, taças de plástico, livros, brinquedos, revistas e jornais, roupa, produtos da casa de banho (algodão, pensos e afins). Temos que andar sempre atrás dela a arrumar ou a dizer-lhe para pôr outra vez no sítio
- Continua a desafiar-me. Se digo não vais para aí ou não faças isso, vai lá e diz "nã, nã, nã" e vem embora
- Dançar e cantar é do que mais gosta de fazer. Canta atirei o pau ao gato- "pápápápá" com a entoação da música e no fim diz "máááááu". Canta a Lili, canta as galinhas, e imita a entoação de todas as músicas que lhe cantamos. Faz os gestos das galinhas e duma do tostão.
- Corre para todo o lado
- Continua a apontar para as partes do corpo mas aprendeu os dentes também. Sabe tirar a língua quando lhe pedimos
- Faz uns sons muito engraçados
- Para além do porco, cão, vaca, patos e "mémé" (que já sabia) os pintaínhos fazem "piu-piu" e o gato "máu" (embora todos os animais que não conhece sejam cães). Sabe dizer vaca, pato, "pi-piu", cão e porco e apontar nos livros
- Para além da água, pão, papa e sopa, agora também pede carne
- As novas palavras decifradas para além das que dizia foram: "tchija" (chicha- carne), "opa" (sopa), "à pê" (pintaínho), "à bá" (a vaca), "à pá" (o pato), "à pô" (o porco), "à pei" (a prima), "tété" (tostão), "té" (creme)
- Anda sempre com fotografias na mão a perguntar quem é quando não conhece e a dizer quem é quando conhece (embora chame muitas vezes mamã à minha irmã Rita)
- Consegue agarrar muito bem nos lápis e riscar tudo. Parece que aprendeu no infantário
- Continua a brincar com tudo o que lhe aparece. Anda na fase do boneco Noddy e das bonecas mas adora jogos de enfiar peças por cores ou tamanhos. Continua a empilhar legos e afins. Os livros são a perdição dela. Anda sempre com livros atrás, dela ou nossos, todos servem para "ler" (para a frente e para trás, do lado certo e de pernas para o ar)
- Dá sempre beijinhos e abraços ao Noddy e aos bonecos quando os agarra. Dá-nos beijinhos e mimos. Quando chego vem até À porta a correr, a gritar e de braços abertos. Dá-me um beijinho
- Começa logo a fazer sinal e a dizer tostão quando lhe pergunto o que o papá foi fazer de manhã. Agora só falta ensiná-la que somos nós que o gastamos (eheheheh)
- Imita-nos a bater o pé e as coreografias tontas que lhe ensinamos. Quando quer brincadeira põe-se a fazer isso
- Faz recados simples como ir buscar qualquer coisa ou chamar-nos
- Está muito gira mas com um feitiozinho idêntico ao do pai (amor, esta tinha que ser...)

quinta-feira, outubro 19, 2006

Matemática

Tem um brinquedo da imaginário com várias actividades (actioludo) que tem 3 argolinhas. Costumávamos contar com ela as argolinhas. Ontem disse-lhe: "Vamos brincar?"
Pega no brinquedo e a mexer nas argolinhas começa: "Tês, tês, tês".

quarta-feira, outubro 18, 2006

Dela

A minha filha é a "Maria vai com os garrafões de água". Sempre que se lembra vai buscar 2 garrafões e lá vai ela com um em cada mão passear pela casa. Hoje o Pedro comprou água e consequentemente estava um garrafão cheio. Só a ouvimos: "aiiii, aiiii" e lá estava ela a tentar levantar o dito garrafão. Estava tão engraçada. Depois lá o conseguiu virar e aí claro que tive que entrar em acção.

Adora fazer uns sons com a língua (que o papá Pedro lhe ensinou) tipo carro a arrancar. Quando alguma coisa não lhe interessa, faz esse som.

Agora imita sempre o que dizemos, tipo papagaio. Eu estava aqui a escrever isto e ela "pediu-me" colo. Começou também a carregar nas teclas (como ela tanto gosta). E eu disse-lhe: "Está quieta filha". Ela prontamente: " tá tiéta". Acho que foi a frase "menos espanhola" que ela disse (por imitação, mas vale à mesma não vale?)

Última nota

Saiu a última nota do Pedro et voilá... passou. E como equipa que ganha não se mexe (mas leva um cachet elevado) já estou a pensar no que vou pedir em troca no próximo semestre. (Nada interesseira, mas vejam bem, os meus neurónios têm que ser recompensados...)

Isto é um babyblog mas notícias destas pela manhã...

Ouvi assim de soslaio que vamos pagar ainda mais 7 % de electricidade (que ainda há uns meses aumentou uma exorbitância) e agora também um euro e meio para a RTP e RDP (eu já pago para ver televisão pela tv cabo, nem vejo a RTP...). As taxas moderadoras também aumentam. Etc etal, etc e tal. Com o IVA a 21%, etc e tal, o nosso poder de compra e a somar estes um euros e meio todos, diminiu consideravelmente (e nós assistimos impávidos e serenos). Eu não sou de gestão, mas parece-me bastante confortável em vez de diminuir as minhas despesas pedir aumento ao patrão do Pedro (e assim passamos a gerir a nossa casa como se gere o nosso país, boa ideia, brilhante mesmo...). Haja paciência.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Tempo apertado

Antecipadamente, peço já desculpa por agora começar a ter menos tempo e provavelmente demorar (ainda) mais a responder aos comentários. É que já comecei em Coimbra (e estou a adorar) e ainda não acabei no Porto, o que se resume a três exames no espaço de 15 dias e uma monografia por fazer, intercalada com as outras funções que desempenho (principalmente de mãe, mulher e trabalhadora).
O Pedro também está a estudar. Resolveu tirar marketing. Como lhe deram bastantes equivalências de gestão, foi logo para o 2º ano mas mesmo assim não teve as equivalências todas do 1º, teve muitas cadeiras para fazer. Agora na época especial eu fiz-lhe os resumos porque ele não tinha muito tempo para estudar para os exames que lhe faltavam ( e eu gosto de estar nas aulas a ouvir mas a fazer mais qualquer coisa e fui aproveitando). Depois dei-lhe umas "luzes" da matéria para ele perceber os resumos e para já temos 100% de sucesso. Só falta sair uma nota. E como equipa que ganha, não se mexe, lá vou "tirando" mais um curso. E acreditem que me têm dado muito jeito pra as clínicas e para ter noções que desconhecia. Acho que não me importava de ser eterna estudante (mas a trabalhar também, claro).

Dobros

Enquanto outros bebés da blogosfera atingem metade da altura das mamãs, por este lado é só em relação ao pé. A minha filha calça o 20 (e mais não digo...)

Sábado

Só de imaginar como vai ser esta semana até me apetece que já seja sábado à noite.

sábado, outubro 14, 2006

Ah, e já me esquecia...

e de presente, queres um pónei ou camisolinhas de angorá? Hã?

Parabéns "teti" Vera


Ainda não sei dizer parabéns mas já sei dizer "teti". E gosto muito quando brincas comigo ou me dás comida. Quando me perguntas como fazem os animais ou quando dizes que eu estou muito gira. Hoje vou dar-te um beijinho e um miminho como só eu sei. Da tua sobrinha favorita, Mariana.

14 de Outubro de 1980

O ano passado era assim. A verdade é que nesta data lembro-me sempre da correria daquele dia, há 26 anos. Talvez tivesse sido o meu contributo para o teu nascimento. E durante estes anos que crescemos juntas, tive o prazer de te ver crescer de menina loura com caracóis (e rebelde), à mãe (e tia) dedicada e alegre. Parabéns pelo teu 26 º aniversário e que possas viver este ano intensamente e feliz. Adoramos-te.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Dia

Depois de um dia complicado, só me faltava uma 6ª feira , 13 (eheheh, estou a brincar. Não ligo nada a isso). Boa sexta feira 13.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Fim de semana (fotos): banhos e livros






Da fala

Falei com a pediatra por causa da Mariana só dizer algumas sílabas de algumas palavras (são poucas as que diz correctamente, embora diga até bastantes palavras). Respondeu-me que é normal. Que ela não tem 3 anos, senão seria talvez de preocupar. Que começou a falar e a apontar na altura certa. Vamos esperar. As crianças não são todas iguais. Nunca que esqueço duma prima que até perto dos 3 anos não dizia nada e depois começou a falar e já construía frases correctíssimas. Se calhar hoje em dia somos demasiado exigentes com estas coisas. Ela ainda é muito pequena mas estou sempre com medo que possa ter algum problema e não ouça bem. Tonteiras.

A saga de casa até ao infantário

Saí de casa com ela. Assim que fecho a porta apercebi-me que me tinha esquecido de levar o atb para a escola e que tinha a chave de casa no carro. Esperei pelo elevador com ela ao colo, descemos, atravessei o corredor todo, carregada de coisas e com ela ao colo, atravessei o parque todo até chegar ao carro (que ontem ficou longe como tudo), fui buscar a coque lá atrás e enquanto a tentava pôr lá chegou um sr. com a voz arrastada que se aproxima de mim, aperta-me a mão e diz:
- "Bom dia. Está boa? O bebé caiu, tem aí um arranhão. Olhe, ontem ouve ali no parte porrada..." e continuou em jeito de segredo. Eu respondo-lhe bom dia e ao fim de algum tempo digo que infelizmente tenho que ir embora para levar o bebé à escola. Ele continua e eu insisto. Ele não tem mais nada, agarra-me na mão e beija-me a mão tipo "Dom Juan". Eu ainda estupfacta entro no carro, levo-o até mais perto, tiro a Mariana (que nunca quer estar na cadeira e dessa vez não queria sair) sempre agarradinha ao Noddy da Matilde. Peguei nas chaves e lá fui eu buscar o atb. Não sem antes ter de esperar pelo elevador que estava no 15º andar (e o outro retido por alguém no 7º). Veio o elevador mas como tem o botão do meu andar avariado, subi para o andar superior e desci pelas escadas.
Sem outros grandes precalços lá descemos e fomos até ao infantário. Costumo demorar 5 min de carro porque tenho que atravessar 2 kms e tal da cidade. Demorei cerca de meia hora. E quando cheguei lá estava no cabide o Noddy da Mariana. Quando a fui entregar à sala ainda se saiem com a seguinte pérola: "Ah, hoje veio cedo" (porque às vezes quando posso ficar até mais tarde com ela em casa, fico, porque chego sempre muito tarde à noite a casa e se não fosse assim, nunca a via. Quando vai mais tarde é a última a chegar e hoje foi bastante mais cedo). Ora se não tivesse estes imprevistos todos, o que me diriam?

Troca

Então não é, que a minha filha trouxe outro para casa? O meu "genro " era mais novo. Estou feita. Esta juventude de hoje toca assim de namorado...
(Tradução: A minha irmã é que foi buscá-la ao infantário e nem reparou que o Noddy que ela trazia não era o dela. Apercebeu-se da troca porque estava escrito por baixo de um dos pés dele , Matilde.)

quarta-feira, outubro 11, 2006

A saga continua

Tal como esta menina, a Mariana chora sempre para tomar banho. MAs a minha tem uma variante muito engraçada: toma banho a chorar e já com uma perna de fora da banheira enquanto se agarra ao rebordo e tenta mandar-se para fora. Um festival, portanto (Ainda por cima diário... E eu a tentar explicar que se não tomar banho fica como o ciganito que costumamos ver na rua. Mãe sofre.)

Adenda- E o que eu tenho pena que ela não goste do banho. Adorava brincar com ela.

Noddy

Continua apaixonada pelo Noddy. Parece que brinca muito com ele no infantário e até dorme com ele (só espero que não me peçam para pagar mensalidade dele...). Qualquer pessoa estranha que se aproxime dela quando ela o tem, é uma ameaça, encolhe-se logo.

terça-feira, outubro 10, 2006

Pediatra

Fomos à consulta ontem. A pediatra começou por perguntar se estava tudo bem e fazer a observação que a Mariana está muito parecida com o pai (mais uma!). Depois da auscultação, palpação, observação da anca, boca, ouvidos e olhos (como costume) veio o peso e a altura. A médica disse que ela estava óptima a nível psicomotor, tal como peso e altura que subiu milimetricamente mas que continua no percentil 25 (tal como o PC). Disse para eu não me preocupar por ela não comer bem porque ela está "bem nutrida". Que tem apenas que tomar atb porque estava com uma expectoração detectada na auscultação posterior (que seja então, e já que tem 2 molares superiores a erupcionar... Vi-os na quinta feira e durante o fim de semana senti-os. E se são grandes...).
Como cheguei mesmo em cima da hora da consulta, estive a dar-lhe de mamar uns minutos. Quando nos mandaram entrar, tive que parar de lhe dar e ela começou logo a chorar. Fez uma fita enorme, principalmente quando a despimos e vestimos e quando a Dra lhe viu a garganta. Só se acalmou quando esteve a brincar com os animais. A Dra não se impressiona. Diz que esta consulta e a próxima que é normal serem assim E ela que até nem é de grandes birras...

Contraprova


Então mas ouçam lá, afinal mas o que é isto?
Obrigada por gostarem das fotos e acharem os meus amores lindos mas... afinal o que é isso de ela ser parecida com o pai? E comigo? Vamos lá ver, vamos.

Os 2

Progressos

E ontem à noite pela primeira vez também bebeu leite do biberão (30 ml, mas acham que não é bom?). Hoje viu um biberão e começou a pedir "té" (leite), ou seja, já associou. (Embora hoje só tenha bebido como se fosse água, para saciar a sede.)
Espero que estejamos no bom caminho ( era tão bom que ela estivesse um pouquinho menos dependente de mim à noite).

Primeira vez

Tive uma reunião. Daquelas importantes. Cheguei a casa à meia noite e cinquenta e um. A minha princesa já dormia. Sem a minha maminha. Sem choros ou birras mas derrotada pelo cansaço. Fiquei feliz porque foi a primeira vez que o papá Pedro a adormeceu sem eu estar (À noite, claro. E claro que tinha mamado às 21.30 h). Está crescida, a minha princesa.

(É que nem imaginam o que senti. Tanto orgulho por ela se portar bem sem mim...)

segunda-feira, outubro 09, 2006

Fim de semana

Adorámos. O hotel era muito giro. O tempo esteve maravilhoso. No sábado durante o dia esteve 29/30º C, o que nos permitiu ir à piscina, à praia e sair de lá às 19.15 h com 26 º C. Visitámos as minas, Mértola e Pomarão. A Mariana andava euforicamente feliz. Assim que chegámos na 6ª à noite ficou toda contente. Acho que percebeu que estávamos em passeio e gosta de viajar como a mãe.
Tirando alguns precalços e o facto de a Mariana ter andado o fim de semana todo a escorregar e a bater com a cabeça (fez o primeiro galo a sério) foi um fim de semana espectacular. Divertimo-nos muito e chegámos a casa "renovados". O papá Pedro até queria repetir a dose já no próximo fim de semana, mas a obrigação espera-me. (As fotos ficam para mais tarde.)

Adiante

Nem tive tempo de dizer ao visitante 50 000 que se acusasse...

domingo, outubro 08, 2006

O porquê...

de relatar aqui tudo e mais alguma coisa acerca da Mariana, tem várias razões. A primeira e principal é que gostava que um dia ela gostasse de ler a sua história. Claro que o facto de dar muito jeito para não me esquecer de nada e dos familiares e amigos que moram longe estarem a par das novidades, são também bons motivos. E porquê esta lenga-lenga toda?
Porque muitas vezes escrevo coisas que poderão parecer insignificantes ou demasiado banais para serem escritas e lidas. Mas a verdade é que eu adorei todas as fases da Mariana até agora: de recém- nascido, dos primeiros sorrisos, das primeiras habilidades, passando pelos primeiros passos ou as primeiras palavras. Mas esta fase de interacção, em que iniciam a sua "independência", em que nos compreendem, que falam à maneira deles, que descobrem as primeiras palavras (e que nós vamos tentando descodificar), é fascinante. Não que ache a minha filha seja precoce ou melhor que os outros. Umas coisas fará mais cedo, outras mais tarde e outras provavelmente nunca fará ou fará mal. Mas também não posso fingir que não a acho o máximo. Porque acho. Porque ela é minha. Porque ela é única. Porque a amo com todas as minhas forças e isso torna-nos vulneráveis às suas gracinhas, aos seus mimos e encantos.
Gosto do riso dela, da sua forma de sorrir para (quase) todos. Gosto da sua preserverança, da sua alegria, do modo de brincar, das birras (destas, gosto mais ou menos). Gosto do cheirinho dela, dos miminhos que me faz, dos beijinhos que me dá. E gosto desta fase. Aliás, gosto muito desta fase. Que já parece uma menina mas que os jeitos, palavras, birras e acções ainda denunciam um bebé. Gosto de cada descoberta, de cada passo dado em frente na aventura do descobrimento e do crescer. E por isso escrevo aqui tudo. O que acho relevante e o que não acho tanto. O que quero sempre lembrar e o que preferiria esquecer. O que me faz sentir a melhor mãe do mundo e o que me faz sentir a pior.
Simplesmente porque educá-la, amá-la e vê-la crescer são até agora o melhor que a vida me reservou. E é por isso que continuarei a escrever.

1ª paixão

A minha filha está apaixonada. Ela dá-lhe beijinhos, miminhos e não o larga. É o Noddy (peluche). (Socorro, a minha filha já namora. E é com um boneco.)

sexta-feira, outubro 06, 2006

Sossegada

Fui buscá-la ao infantário. Estava dentro duma casa que eles têm no jardim, sentadinha, a observar tudo, muito quietinha, com mais 2 ou 3 amiguinhos. Quando me viu, sorriu e espreitou pela janela. Quer me parecer que em casa tenho uma "Mariana furacão" e na escola uma "Mariana brisa".

Viagem

Bom, bom, era estar a fazer esta mala para ir 8 dias de férias, mas para que não costuma ter sábados para descansar já não é nada mau...

Traduções

Continua muito "espanhola" e só uma mãe atenta é que a percebe:
"Ba"- bola
"Bá" - fralda

(A mana Rita diz que parece mais chinês. Poliglota, a minha filha, é o que é.)

quinta-feira, outubro 05, 2006

Macaquinho de imitação

O Pedro a cantar:
"Vamos, vamos, fazer papa p`ra Mariana"
Ela atrás dele no mesmo tom:
"Papa, papa... Maiana"


Ele a marchar e a assobiar.
Ela atrás dele a marchar.


Eu a cantar uma música que dá num dos filmes do Noddy (não é a música principal):
"De quem é esta música, Mariana?"
"Nhé" (Noddy)

Fim de semana prolongado

Amanhã vamos descansar para aqui (quando não trabalho ao sábado, os fins de semana parecem-me enormes...). Só espero que o tempo ajude. Senão (que chatice...) vamos ter que ficar a descansar o fim de semana inteiro...

Fases

Gosto desta fase em que eles fazem recados (ainda) sem refilar.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Pedido

Faz hoje 4 anos. Foi uma noite muito especial. Para além do que está escrito lá no site (criado e oferecido pela mana Vera), íamos parando em cada local onde me levava o rally paper e fazendo o que costumávamos fazer nesse mesmo local. Estivemos onde demos o primeiro beijo ao som da música "She" (que mais tarde serviu de "pano de fundo" no corte do bolo no nosso casamento) a "simular" o primeiro beijo. O mais engraçado foi que nesse preciso momento começou a passar novamente o "She". Na altura pensei que tivesse sido o Pedro a pôr um cd, mas não, foi mesmo coincidência. Esperamos que tenha sido um bom presságio.
O rally paper foi escrito em verso e está espectacular. As instruções para vos aguçar a curiosidade:
Hoje preparei-te um jogo
Que está prestes a surgir
Apresento-te as regras que tens que conseguir cumprir.

"Segue atentamente as pistas
que te vou apresentar"
...

"As pistas estão numeradas
Sua ordem tens que compreender
Para chegares ao final
e a surpresa aparecer."

E começava assim:
"Alcobaça, terra de amores
Acolhe neste dia
Um jogo de muitas cores
Que testemunha nossa alegria."

...

"E seguimos já agora
Para lugares mais seguros
Onde lindas flores moram
Guardadas por alguns muros."

Outra pista:
"Procura por uma estrada
Que te leva a circular
Onde dois amantes longíquos
Repousam sem um olhar."

"Se alcançares o sucesso
Neste local vais encontrar
A última pista que te leva
Para um local que estás a avistar"

"Já falta pouco mas é a subir..."
E terminava como se vê no site do nosso casamento. Foi um pedido de sonho (e com ks porque nos conhecemos na net). E já passaram 4 anos...

Lúcia:

Ela há já uns tempos atrás quando queria alguma coisa dizia que sim com a cabeça mas agora como anda na fase do não, quase nunca diz sim.

Um histórico sim

Deixei-a brincar com a dita lata sob a minha supervisão.
- "Dá"- enquanto me estendia uma borracha.
- "Brinca filha, é para ti -dizia eu
-"Étata"- como que a imitar-me (é para ti)
- "Ai, é para mim? Obrigada..."
- "É" - enquanto abanava a cabecita a dizer que sim.

Um momento histórico tem que ficar relatado. A minha filha disse sim. É que ultimamente o não é a palavra que mais ouço.

terça-feira, outubro 03, 2006

!!!!!!!!!

Foi direitinha a uma lata que tenho cheia com canetas e afins. Tirei-a e disse-lhe que não. Olha para mim e exclama:
- "Má".

Olha agora, era só o que mais me faltava.

A explorar

A minha filha descobriu o único armário que lhe faltava explorar (entenda-se tirar tudo para o chão) e o problema é que este está carregadinho de livros.

Melancolia

Acabei de chegar a casa. Mais cedo que o normal. Não tenho nem a Mariana nem o Pedro em casa. O Pedro foi fazer um exame e a Mariana ficou com uma prima do Pedro.
Estava a precisar deste bocadinho de tempo sozinha mas não como estou hoje, stressada e ansiosa.
Ainda por cima já estou farta de chuva e frio e eles ainda nem chegaram a sério. Ultimamente todos os verões tenho a sensação que não tenho tempo de aproveitar o calor, o sol e a praia. E nos primeiros dias de Outono fico sempre assim melancólica. Depois passa, mas agora queria mesmo era calor e praia. E umas castanhas assadas. Era isso mesmo que me apetecia, umas castanhas assadas (afinal o Outono até tem o seu lado positivo...)

E para compensar a anterior

Abraça-nos fortemente às duas e diz em jeito de monólogo: "As minhas princesas... pelo menos uma delas vai ser sempre minha...uma?..."
Tão parvinho às vezes (ok, ok, mas cheio de razão, essa é a única certeza...)

Saída

Não posso dizer que o papá Pedro não seja sensível. Acho que é q. b. para a "raça" masculina, mas às vezes é calado e nem sempre exprime o que lhe vai na alma (ao contrário de mim que sou mais para o lamechas). No domingo, depois de umas horas bem passadas a 3, ele exclama entusiasmadíssimo: "Mor, esta miúda é um espectáculo."
Fiquei tão feliz. Saiu-lhe espontaneamente, sem perguntas ou sugestões da minha parte. E fico de coração cheio por ele partilhar comigo este amor que nunca imaginei tão forte e terno.

Por intuição

Pedi-lhe que desse um beijinho na fotografia do avô enquanto lhe explicava que o avô fazia anos mas estava no céu. Agarrou na fotografia e apontou para mim. Depois deitou-se no chão com a foto, deu-lhe um beijinho e abraçou-se a ela. Ficou ali quieta uns segundos como se percebesse o que lhe tinha dito.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Outro aniversário

A mãe do Pedro também faz anos hoje. Parabéns sogrinha. Espero que tenha feito aquele bolo maravilhoso (senão não há prendinha, eheheh).

Papá:

É sempre com o coração carregadinho de saudades que continuamos a sentir este dia como teu. Sem aquele abraço, sem o teu sorriso, mas com a certeza que algures aí no céu estás a olhar por nós, neste 54º aniversário do teu nascimento. E fico aqui a imaginar que estás a abraçar-me enquanto me segredas aquilo que tantas vezes me disseste. E sinto-me protegida, amada e ainda mais próxima de ti, neste dia só teu. Com o mesmo amor de sempre e saudades como nunca...

Esta deu luta

Descobri o que é um "ápei". É um chapéu.

(Anda-me a intrigar o que é "ata" que ela diz sempre que vê um espanta espíritos em casa da minha mãe. Há quem diga que é toca...)

domingo, outubro 01, 2006

E aos 15 meses também

O quinto dente, o incisivo superior direito chegou de mansinho. Só com uma ligeira diminuição do apetite.

15 meses

E aos 15 meses o "milagre" aconteceu. Dormiu até ao meio dia. E que bem nos soube. Que saudades de dormir a manhã toda na cama.
Parabéns princesa.