quarta-feira, setembro 30, 2009

Aos 14 meses

É um furacão. Só sabe andar rápido e super rápido. Foge, a olhar para nós com um ar de "marota nº 1", quando a chamamos. Trepa a tudo. Manda-se. Tenta saltar. A palavra que mais ouço sobre ela é desenrascada. Na escola, na rua, em todo o lado. Admiram-se da idade e da genica que já tem. Desce as camas de costas e as escadas sentada. Chega a cansar. Era um bebé tão sossegado. É um bebé tão carregado (de pilhas recarregáveis).
Fala muito. Não é "espanhola" como a Mariana era. Diz cateta (cadeira), catêa (carteira), quiu (caiu), péu (chapéu), quéio (quero), nhanha (mana), Pêo (Pedro), quémeão (quero melão), cão, não, pão, mão, é mou (é meu), ana (anda), cué (colher), nã qué (não quero), pipiu (passarinho), pépé (pópó), biga (barriga), qué ába (quero água), titi (nariz), mamã, papá, pá, boio (cabelo), tenta (senta), (já), (sapato), tá tá (já está), qui é (quem é), tiéta (quieta), tatau (tau-tau), óó, mai (mais), cócó, bebé, ai ai, ai, abó (avó), bá (bola), bala (balão), tau (xau), atáta(batata), anhanha (banana), tê (três), dêz (dez), câu (cavalo), ati (aqui), ête (este), xai (sai) e outras que nem me lembro. Imita tudo. Ainda ontem eu a dizer "Era uma vez" e ela: "É ta tez". Outro dia ouvia a irmã a dizer que queria mais água e ela "Qué mai ába". Já chamou Helena à prima.Vai ser uma tagarela.
Imita alguns animais entoa canções tipo: "òò bebé" e atirei o pau ao gato. Dança muito. Adora os parabéns e bate muito as palmas. Levanta os braços tipo rancho (também para ajudar a despir).
Dorme bem e come muito, muito bem. Quer comer sozinha e quando a colher não lhe chega, come também com a mão. Parece que no infantário grita muito quando lhe tentam dar a comida à boca. É muito independente. Come de tudo mas adora melão. O peixe e a carne ainda é o que gosta menos. Adora massa e arroz. Come a sopa pela mão dela e quando acaba parece que houve um vendaval.
Brinca muito com bebés. Todos os dias leva um para a escola e assim que chega lá, vai logo logo dizer aos amigos que é dela. Dá-lhes comida, beijinhos, muda-lhes a fralda e embala-os a cantar "ÓÓ". Adora fingir que está a comer. Brinca com a irmã. Mas também já briga. Quer sempre o brinquedo que a irmã tem. O que vale é que a irmã é pacífica.
Grita muito se não lhe fazemos as vontades. Morde. Olha com um ar de má. Refila e diz "Nã, nã". Belisca-me (auauau) e mexe no umbigo dela. Ri-se com um ar de má quando faz maldades. Não faz muitas birras, mas quando as faz, o mundo vem abaixo. Mas também diz xau a toda a gente, manda beijinhos e dá miminhos.
Começa a querer escrever nas folhas mas ainda não agarra bem o lápis. É muito trapalhona.
Gosta muito de livros. Vai "falando" e apontando como se contasse histórias. Vê-se que tem uma mana mais velha. Adora "escrever" no computador e mexe muito bem o rato. É perita a rodar o écran ou a diminuir as letras.
Faz pequenos recados mas às vezes diz: "Não", e não faz mesmo.
Vai ser fresca, vai. Agora toda a gente diz que é muito giro ela ser assim. Vamos ver o que dizem daqui a um ano. Ai.
(Amo-te muito bebé furacão).

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segunda-feira, setembro 28, 2009

Depois de tudo III

-"Ai, ai, ai, ai, eu gosto deste rapaz, quero tê-lo ao pé de mim, saber do que ele é capaz..."- cantava uma senhora, ontem.
-" Então a Sra está aqui pelo PS?"
-" Não. Pelo Sócrates, o rapaz é jeitoso,... blá, blá, blá"- dizia essa mesma simpatizante, que fazia a festa com mais meia dúzia de pessoas à frente da sede do partido.

Ocorre-me dizer:
- Pelos vistos ainda não ficou bem esclarecida do que é que ele é capaz
- Nem quero escrever o que é que eu penso das pessoas que votam nos políticos, porque eles são bonitos ou feios
- Estou muito mais descansada, agora que temos um Primeiro Ministro jeitoso (Oh God)

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Depois de tudo II

É isto mesmo.

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Depois de tudo

Parece-me que somos um bocado "Quanto mais me bates, mais eu gosto de ti."

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sexta-feira, setembro 25, 2009

Última mania da Mariana

Anda com uma mania que tem que conhecer todos os sinais de trânsito. Está sempre a perguntar. E não lhe escapa nenhum (às vezes nem tivemos tempo para ver o sinal mas temos que responder). E depois ela, para cada sinal faz uma história, com cada enredo...
-" Mamã, aquele sinal é do proibido estacionar (por acaso é parar e estacionar, mas ela ainda não sabe a diferença). Os senhores têm que ocupar os outros lugares porque neste, ninguém pode parar o carro. Tem que ficar livre para as pessoas passarem."
-" Mamã, aquele sinal é proibido passarem touros, pessoas, carraças (???) e ... (não me lembro o que é que ela diz mais)"- vem sempre com esta lenga-lenga das carraças. Se calhar alguma vez que ela nos estava a melgar com isto dos sinais, dissemos-lhe alguma coisa a brincar e ela pensou que era a sério. Enfim, ela lá acha que as carraças não podem passar em qualquer lado.

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Cursos

Os meus amigos gozam comigo à força toda. Um dia destes uma amiga dizia-me: "Aproveita para descansar e assim enquanto descansas tens tempo para pensar no curso que vais tirar a seguir."
No coments (Quanto ao actual curso, começam a aulas dia 12. Mais um ano de esforço. Para o ano já não tenho exames, é só estágio. Mas terei um "temido" exame de acesso que deixa toda a gente com a cabeça em água. Vamos ver. Um passo de cada vez. Primeiro ainda tenho que terminar este ano.)

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quarta-feira, setembro 23, 2009

Dias maus

Há dias em que envelheço mais do que seria de esperar nas 24 horas que passam. Há dias que sinto uma exaustão extrema. Há dias que me envelhecem muito mais que a conta e não consigo recuperar assim tão facilmente.
Às quatro e pouco da tarde de Segunda-feira recebi uma chamada de minha casa. Percebi logo que algo se passava. A D. I. mal consegui falar. A minha mãe tinha caído e perdido os sentidos. Voei até casa, enquanto ela ligava para o 112. Demorei cerca de 7 minutos a chegar e depois de esperarmos mais de 10 minutos, decidi que era melhor ela ligar novamente. Eu fiquei a olhar pela minha mãe, que estava já consciente, caída no chão e a sangrar da cabeça. Sabia que não podia levantá-la sem a imobilizar mas estava a ficar impaciente com a espera (visto que os bombeiros deveriam ter demorado o mesmo tempo que eu a chegar, e ainda não estavam lá). Ao fim duns minutos ligam do CODU e confirmar a morada e eu (já passada) disse-lhe que lhe dava um minuto para resolver a situação ou eu levava-a por minha conta e risco. ao mesmo tempo, liguei para os bombeiros, a ver o que se passava, se já tinham sido chamados. A Sra que me atendeu disse-me que o CODU só lhes tinham ligado nesse momento porque tinham activado outros bombeiros que estão a cerca de 20 kms de nós e os tinham mandado para outra freguesia. Ao fim de cerca de mais 10 minutos, voltei a ligar para confirmar a morada (visto que anteriormente só tinha perguntado se já vinham a caminho da ocorrência) e o CODU tinha dado a morada errada.
Ao fim de mais uns minutos, chegaram finalmente. A minha mãe entrou no hospital, uma hora e meia depois de ter caído, quando o tempo razoável seria de cerca de meia hora. E esta seria apenas o primeiro contratempo deste dia e meio alucinante.
Envelheci muito mais que seis meses nestas poucas horas. E não está fácil recuperar do cansaço.
(Post continua...)

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Da nossa insanidade mental

Cá em casa, discutem-se nomes de menina para uma terceira filha que (em princípio) nunca vai existir.

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Do tempo

Que me perdoe quem gosta do frio, chuva e afins. Também gosto do Outono e da chuva (se estiver bem quentinha em casa), etc, mas adoro o Verão. Ou melhor, adoro os dias com sol, a praia, o cheiro a protector aplicado na pele, os dias grandes, as camisolas decotadas e os vestidos. Há uns dias, quando o Verão parecia já ter mesmo acabado, senti-me melancólica. Pensar que só lá para Maio (na melhor das hipóteses) é que teremos dias quentes, deixou-me "down". Faz-me bem o sol. E é por isso que hoje estou bem melhor que há uns dias atrás (não só por isso, mas esse assunto dará tema para outro post).
(E ainda bem que o tempo nos vai dando tema de conversa, que eu já não posso com alguns outros temas recorrentes, destes últimos dias).

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"As pazes"

Fiz as pazes com a escola. Quer dizer, não foi bem com a escola, porque não era a escola que estava em causa. Às vezes faz bem chorar baba e ranho e escrever o que nos vai na alma. Fez bem o desabafo. Fez-me bem o que vi ontem, na reunião de início do ano escolar da Mariana. Depois duma seca acerca do plano de contingência Gripe A (Já não posso ouvir mais falar de Gripe A. E as bronquiolites? Ninguém fala delas e elas é que me têm atormentado desde que sou mãe. Não era suposto esses "malditos" planos de contigência serem aplicados anteriormente por causa doutras doenças? Mas enfim, já tenho assunto para outro dia.), lá começou a "outra" parte. Começou como sempre, com a directora a falar sobre o projecto educativo, que este ano é "Arte na escola". Falou dos conhecimentos que é suposto as crianças apreenderem, dos projectos escolares e extra-escolares, do envolvimento da família na escola, etc. Referiu um método que vão implementar de auto-avaliação para lhes promover a auto-estima e blá blá blá. Falou nas actividades de Inglês, Expressão físico-motora e Música. Apresentou as actividades extra-curriculares que são desenvolvidas dentro das instalações escolares: Ballet, karaté, kidspiano e Berço das artes, e as fora das instalações: Piscina.
Depois a educadora falou deles, de como tinham crescido nas férias e mostrou a foto de cada um, para os apresentar à mãe dum menino que entrou de novo. Para cada um havia uma pequena frase/palavra que os descrevia. "A nossa Marianinha que está sempre a sorrir". Cresci quando ouvi aquelas palavras. Finalmente. A minha filha sorri na escola como em casa. E não é conversa da educadora, porque em todas as fotos que ela aparecia (de actividades que fizeram) estava a sorrir. Aquele sorriso rasgado, sentido, lindo e meigo. Adoro aquele sorriso. Diz tanto dela. E ela ali estava nas fotos sempre tão sorridente.
Enquanto decorria a reunião tivémos as capas de avaliação em nosso poder e pude ler, acerca da do 3º período do ano passado que a Mariana estava muito diferente a nível de timidez e que "tem grande facilidade em adquirir os conhecimentos".
Depois da reunião falei com a educadora que me disse que ela estava mesmo muito diferente. Que sorria a toda a hora, que quer participar (até já levanta o dedo), e até corrige os outros ( tem este péssimo defeito de querer que seja tudo perfeitinho). Disse-me que lá, escrevia com as duas mãos e talvez por isso, por vezes escreva o nome em espelho. Que escreve tão bem com uma mão, como com a outra (uau, reparou). Que faz quase tudo tão bem com uma mão como com a outra (usa a que lhe der mais jeito. Do lado esquerdo escreve ou pinta com a mão esquerda e do lado direito com a direita. Sairá a quem? Shame on me....). Que até já se tinha lembrado se a mãe em casa ("euzinha") não a obrigaria a escrever com a mão direita (oh God, às vezes diz cada uma... Mas pronto, eu fiz as "pazes", não vou ligar a esta parvoíce. Eu ia obrigar a criança a escrever com outra mão. Enfim.).
Vim de lá contente. Porque como já disse, quero que ela esteja feliz. E parece que tem estado muito bem lá na escola. E claro que também fico feliz com os elogios acerca das capacidades dela. Especialmente porque sei que isso lhe tornará tudo mais fácil. Se continuar com essa facilidade em adquirir conhecimentos. Mas venho contente especialmente, porque vi o auto-retrato que ela fez e está giríssimo. Normal. Com cabelos, dentes, e tudo. Ao jeito dela. E estava a sorrir, tal como ela. Gostei tanto.
Gostei dos pormenores, das pequenas coisas em que pensam. Do que lhes ensinam. E assim sendo, a opção de as ter lá, continua por enquanto a ser muito válida.

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Ainda do mesmo

Rita, respondendo à tua pergunta: a educadora da Mariana tem 2 filhos gémeos, um ano mais velhos que a Mariana. Uma vez ela até me disse: "Oh mãe, olhe que os meus filhos também são imaturos. O rapaz até ainda usa chupeta e dorme à noite com fralda." Isto depois daquela confusão toda. Do tipo a desculpar-se por lhe chamar imatura.
Mas acho que já ultrapassámos esta situação: post seguinte.

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domingo, setembro 20, 2009

Aos 4 anos

-"Então porque é que ninguém agarra esta garota? Ninguém vê que ela está a chorar?"- diz a Mariana com um ar de "querem ver que eu é que tenho que tomar conta da minha irmã".

Anda na fase do "Então porque é que...". Até à exaustão. E deduções que vai buscar não sei onde. Continua também a saga dos desenhos. No outro dia, era um cavaleiro, um rio e um "vazio de água"(????). Continua igual a ela própria.

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sexta-feira, setembro 18, 2009

Mariana

- "Mamã, mas eu quero fazer isto exactamente agora. É isso. Exactamente agora".
Pouco mandona.

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quinta-feira, setembro 17, 2009

Do meu (triste) estado

Depois da última doença de que me queixei, as maleitas não me tem deixado. Desde herpes (que já nem me lembrava que isso existia), dores abdominais que duram duas semanas, reacções alérgicas a fios (que me deixam o pescoço numa lástima), até tonturas e tendinites. Uma animação.

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Em casa da avó L. há todo o tipo de veículos...


mas o que ela gosta mesmo é dos que dão para trepar e ir lá para dentro.

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Post atrasadíssimo IV- Fotos do aniversário da Mat



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Post atrasadíssimo III

Do aniversário da Matilde. Eu, a mana Rita e a Mariana fomos cantar-lhe os parabéns à escola. Foi o máximo. Os meninos da sala dela, todos sentadinhos numa mesa minúscula e super bem dispostos. Parecia que percebiam tudo. Ela estava super alegre, como é sempre. E eu orgulhosa, por aquele pequeno ser já ter vindo ao mundo há um ano. Emocionada. Feliz.
À noite, uma pequena festa, só para os familiares mais chegados. Onde também me cantaram os parabéns. Eu que pela primeira vez desde que me lembro, não tive festa de aniversário com a família toda. Mas tive um dia muito bom, em compensação.
A pequena adorou a festa e a irmã estava super feliz também. E adorou o bolo do Pocoyo.

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Sorriso (des)dentado

O terceiro dente já rompeu (há cerca de uma semana). Grande favola (IC Esq.).

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Post atrasadíssimo II- Fotos do aniversário da Mar










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Post atrasadíssimo I

Da festa de aniversário da Mariana. Já foi há 2 meses, bem sei. Mas mais vale tarde que nunca. Este ano a maior parte das pessoas que convidámos estavam de férias. Mas tivemos a alegria de termos a nossa C. que veio visitar-nos. E encheu os balões. E fez-nos companhia. E gostamos sempre tanto de a ter por cá.
A festa como foi muito mais pequena, deu muito menos trabalho do que o costume. Mas foi giro. As crianças divertiram-se. Não eram muitos. Adoraram ir para a piscina mesmo ainda não estando cheia. O papá Pedro aproveitou e divertiu-se à grande, também. Um primo pintou as caras às crianças e as mais velhas fizeram teatros. Cantámos e jogámos à pinhata. Quando lhe cantámos os parabéns, deu-lhe a vontade de ir à casa de banho (tal não era a excitação de fazer 4 anos), que até teve direito a repetição. A festa acabou já pela noite dentro. E ela estava tão feliz por fazer 4 anos.

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segunda-feira, setembro 14, 2009

Mais cuidado

O Pedro no carro da frente, a arrancar. Eu atrás dele. Entre nós, um (pequeno) espaço, onde uma heroína decide parar (???? Estes senhores condutores lembram-se de cada uma), mesmo vendo que estamos a andar.
Eu, que não digo asneiras nem palavras feias (mas que me escapou):
-"Parvalhona. Pensa que é aqui que se pára?..."
-"Mamã, aquela parvalhona tem um carro preto e agora está parada atrás de nós."
Ups. Nota mental: para a próxima, ter mais tento na língua. (E agora já não vai todo o caminho a repetir "parvalhona, parvalhona", como fazia há uns meses.)

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sexta-feira, setembro 11, 2009

"Dia mesmo não" ou "preciso mesmo de desabar isto"

Hoje acordei com os "pés de fora". Tive um sonho que mais parecia um pesadelo (desde criança que eu me lembro quase todos os dias do que sonhei, mas isso é assunto para outro post). Estou nervosa, irritável e chorona. Para melhorar o estado, fui falar com a educadora da Mariana (parece que não tinham percebido que a criança não pode dormir mais do que meia hora na sesta da tarde, senão à noite não tem sono). Como estavam expostos desenhos do primeiro dia de aulas (tema: férias), decidi procurar o da Mariana. Todos tinham uma ou duas figuras humanas desenhadas, com uma flor ou uma casa, excepto o da Mariana. Ela anda na fase de desenhar figuras humanas, mas também de preencher os desenhos com outros elementos. Pois bem, o desenho dela, para além duma casa que se percebia bem, estava cheio de flores, animais e outras coisas que só ela consegue decifrar. Problema: a educadora dela não é muito sensível à diferença. Infelizmente ela já passou por uma situação muito desagradável por causa de ser diferente no comportamento. Como é uma criança muito tímida foi a certa altura apelidada de "imatura". Mais tarde passou a "imatura socialmente" e depois a "criança muito doce". Quando é apenas tímida e ponto final. E quando as educadoras estão lá para a estimular nesse sentido. Quero lá eu saber se ela sabe os números, se escreve algumas palavras, se consegue contar e fazer algumas contas. Tem tempo. Acabou de fazer 4 anos. E sinceramente, eu tal como ela, também fazia contas aos 4 anos, sabia letras e números, etc. Sou mais feliz por isso? Não. Antes pelo contrário.
Nós pais queremos que os nossos filhos nasçam a andar, a falar e a contar. Também cometo muitas vezes esse erro. Depois "caio em mim" e penso naquilo que sou hoje e no que já fui. Uma criança sempre preocupada, (super)exigente comigo e com os outros. Incapaz de pensar em errar. Com dificuldades em lidar com a frustração. Transformei-me numa adulta ainda mais perfeccionista. Ansiosa. E quando olho para a minha filha mais velha, revejo-me nalguns traços. Que não quero que ela tenha. Pode herdar de mim a vontade de viver, a felicidade que encontro mesmo nas pequenas coisas, a inocência, a vontade de querer sempre o melhor para os outros, mas nunca a faceta de querer sempre mais, de andar sempre a mil, de viver amedrontada com determinadas coisas. Quero uma criança que brinque muito e não seja um adulto em miniatura. Como eu sempre impus a mim própria. E é isso que tenho tentado fazer na educação delas. Tudo tem o seu tempo e eu tenho tentado respeitar isso.
Mas voltando aos desenhos. Eu conheço muito bem a educadora dela. Sei que ela deve ter olhado para o desenho dela e mais uma vez a deve ter discriminado. O desenho está bonito. Colorido. Cheio. À maneira dela. Não é esse o problema. É a diferença. Que infelizmente não é muito bem aceite por nós. E eu não quero fazer uma tempestade num copo de água, mas também não quero que se passe, como aquando daquela situação de chamarem imatura à Mariana, só porque ela é tímida. Depois disso, com uma distinta "lata" disseram-me: "Sabe mãe, a Mariana já está muito melhor. Temos andado a puxar mais por ela e já anda mais confiante, mais alegre. Como ela estava sempre tão caladinha, nós achávamos que ela estava bem e se calhar desprezámo-la um bocadinho."
Ou seja, a minha filha, que em casa é um poço de alegria, de sorrisos e boa disposição, lá era completamente diferente. Parece que só na dança criativa é que ela saltava, dançava e sorria. A professora da dança até disse à educadora que a Mariana era das meninas mais alegres que conhecia. E porquê? Porque adora dançar. Sente-se no mundo dela. Tal como em casa.
E eu vir a saber que ela durante o primeiro período foi desprezada, foi muito duro. Chorei muito, naquela noite. Escrevi uma carta à educadora, para ser contida nas palavras e não dizer tudo o que me apetecia dizer-lhe. Telefonei a pedir uma reunião. Até a directora da escola veio falar comigo e assinou a carta que eu tinha escrito. Foi grave. Muito grave. Passaram a tratar-me doutra maneira. Que não me deixou mais confortável, porque não gosto de ser apaijada. Mas pelo menos começaram a estimular a Mariana a fazer recados, a participar mais, a perder receios e timidez. Aquilo que sempre deviam ter feito a uma criança de 3 anos que se revela tímida. Alguém que percebe destes assuntos me dizia que timidez não é melhor nem pior que extroversão. Mas o que interessa é que ela passou a sorrir mais, lá. Embora sempre tenha gostado de lá estar, de repente passou a sentir-se em casa. E notou-se essa diferença em muitas reacções. E como é que uma mãe reage quando se apercebe que a filha foi desprezada? Não sei. Mas eu reagi assim: chorei. Mais tarde revoltei-me. Perdoei mas não esqueci. E ao mínimo pormenor, tenho uma "recaída". Vê-la ao colo da educadora, enquanto ela lhe dava mimos, não foi fácil para mim no início. Parecia-me fingimento. Mas o tempo cura tudo. Sim. Fui esquecendo e hoje até já consigo falar disso.
Mas assalta-me o medo que se volte a repetir-se a situação. A minha filha passa lá muitas horas e quero muito que esteja bem. Acima de tudo, educo-a para a felicidade. Venha essa felicidade, donde vier. Seja ela pastora, médica ou astronauta. Seja ela a mais inteligente ou até um pouco desligada. Queira artes ou ciência. Não queira nada disso. Queira ser apenas mãe. Ponto. Que saiba viver e ame fazê-lo. Que cresça integra. E feliz. Atingir a felicidade e viver na sua plenitude é o que uma mãe mais deve querer para um filho. Pelo menos para mim, é.
Hoje já chorei. Por ela. Que (a maior parte das vezes) só me faz sorrir. A minha menina doce. Que escreve com as duas mãos, com a mesma facilidade. Que desenha "pespectivas" (perspectivas). Que dança feliz. Que nos diz a toda a hora que nos ama. Que diz que quando crescer vai escrever e pintar. Mas que é demasiado tímida. Que se orgulha de já ter 4 anos. E convence todos que daqui a três dias vai fazer 5. Que ainda guia os acontecimentos da vida dela pelas estações do ano. Que é diferente mas não assim tanto.

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quinta-feira, setembro 10, 2009

10 de Setembro

Há uns anos, terminava o meu curso. Dez de Setembro. Inesquecível. À noite o Pedro foi ter comigo a Coimbra e eu passei a noite toda ao telefone(eheheh). Lembro-me da sensação de alívio de ter terminado e da felicidade. O realizar dum dos meus principais sonhos. Jamais esquecerei.

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quarta-feira, setembro 09, 2009

Avó Lavínia

Já passaram dois anos. Obrigada por olhares por nós, aí do céu.

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Sequência: Faz a festa, atira os foguetes e apanha as canas

Dá-me beslicões nos braços enquanto grita histéricamente: "Au. Au. Au." Depois diz-me "ino" (beijinho), enquanto me abraça e lambuza de beijos. Por fim repreende-se dizendo "Ai, ai, ai".

(Quando ela me beliscava eu gritava "Au Matilde. Au" e dizia-lhe "Não sejas má. Dá beijinhos à mamã." Por fim repreendia-a: Não se faz mal à mamã, Matilde. Ai, ai, ai."
E parece que ela aprendeu bem a lição...)

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Dos pés da pequena

Calça o 21. Já não sou a única patuda lá em casa....
(A Marianinha calça o 26 mas com a idade da Matilde calçava o 19).

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terça-feira, setembro 08, 2009

14 meses

E um amor eterno e incondicional.

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sábado, setembro 05, 2009

Fim de semana

O fim de semana passado foi muito bom. A festa de aniversário da mana, num dia de calor fantástico. Que nos permitiu ir a banhos de piscina por volta das 22.30 h. Há muito tempo que não me sentia tão bem. Foi excelente.
E no domingo passámos o dia a ir a banhos novamente.
Gosto tanto do Verão.

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sexta-feira, setembro 04, 2009

Paixão

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Férias- Avó e netas


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Férias- Só queria estar assim (olhó estilo)

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Férias- Passeios "em alto mar"


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Férias- A prima

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Férias- A banhos

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Férias- Chapanços dele

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quinta-feira, setembro 03, 2009

Férias- Imita-me que eu gosto



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Férias- A fugitiva II

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Férias- a fazer pose

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Férias- Passo de dança

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Férias- A fugitiva (passou as férias nesta vida)

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quarta-feira, setembro 02, 2009

Das férias


Quinze dias. Começaram num casamento, seguido da viagem até sul num tempo record. Os primeiros oito dias na companhia da minha mãe e os segundos duma prima. As pequenas portaram-se bem. Irrequietas mas felizes. De manhã com "despertadorzinho" ficávamos todos em sentido. Íamos até à piscina ou passear. Depois de almoço era tempo do passeio da praxe para as crianças recarregarem as baterias num sono reparador. À tardinha íamos à praia. Fomos a várias, como sempre fazemos. Desde Islantilla a Armação de Pêra. Houve tempo para estar com amigos, conversar, brincar e descansar. E comer. Muito. Desde rodízio de pizzas a gelados, passando por bolas de berlim com creme e bolos esquisitos.
O Algarve estava "cheio" como já não o via há muitos anos. Mas eu gosto assim.
Passeámos muito, mas fico sempre com a sensação que nas férias o tempo passa mais depressa. E que voltamos rápido. Resta o consolo que ainda este ano haverá mais...

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terça-feira, setembro 01, 2009

Da volta à escola

Tirei a manhã para as ir levar à escola. Sabia de antemão que seria fácil para a Mariana mas mais difícil para a pequena peste. Pelo sim, pelo não, levei a mais pequena primeiro. Chegámos à sala e estava a antiga educadora com dois nos braços, a nova educadora com mais dois e a auxiliar com mais dois. Não choravam, berravam. E mais uma mãe a deixar a filha que já faz 2 anos em Janeiro e que não se importou nada de ficar. Algumas crianças que já eram da sala da Matilde o ano passado, brincavam alheias à confusão. A Matilde olhou para tudo mas fez a posição de Koala número um. Agarrada para não largar. Decidi ir levar a Mariana primeiro. Entrámos e ela ficou delirante quando viu o bibe com o bolso de outra cor (cor da sala). Há uns dias que só falava naquela sala nova. Ficou espantada a olhar para os brinquedos novos e entrou. Saltou para o colo do educadora e estiveram a conversar. Enquanto isso, a Matilde saltou-me do colo e foi brincar. A educadora disse-me que ela podia ficar lá e eu fui à sala dela dizer que a deixava na sala da Mariana. Quando voltei ela já não queria ficar. Posição Koala número um, outra vez. Como a educadora estava a ensinar um jogo com patos, ela lá ficou toda entusiasmada com o "paie" (pato).
Vim embora mas estou com vontade de ir lá espreitar. Ai. Desta vez já não devia custar.
(Tão crescidas as minhas filhas, as duas na sala dos 4 anos. Eheheh.)

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Sugestões

Procuro casa de fados no Bairro Alto, onde seja possível jantar e assistir a fados, mas que não seja uma grande seca (vamos com os meus sogros mas não somos fãs acérrimos de fados).
Alguém conhece um sítio dos três b's (bom bonito e "barato"?)

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