Depois do susto desta noite/madrugada, repenso ainda mais a minha vida. E ecoam-me as (sábias) palavras de alguém que bem me conhece: "Para onde corres tu?"
E eu não sei responder. Porque corro. Para onde corro. O que quero. Porque quero assim tanto.
E choro. E páro. E prometo a mim mesma que tudo vai mudar.
E vai.
Porque eu corro para ver o "bem crescer" das minhas fihas e perco isso todos os dias.
Eu corro para dar uma vida melhor a quem amo e nem sequer tempo me sobra para estar com quem amo.
Eu corro para a felicidade e vejo-a fugir-me por entre os dedos todos os dias.
Eu corro para fazer o bem aos outros e não consigo fazer nada por mim mesma.
Hoje parei e quase me parou o orgão que me faz respirar. O sentido da vida deixou de fazer sentido. As pessoas, os bens, os momentos... ficaria tudo cá. E eu partiria com tanto para dizer, fazer ou pensar.
O meu ritmo de vida, as minhas loucuras acima do limite humano, o meu speed, ficaram naquele corredor amarelo. Voltei outra. Com medo de não as voltar a ver. Com medo de não ter tempo de dizer a quem amo, quanto o sinto todos os dias.
Estou hibernada. Preciso de me reencontrar, de voltar a sentir e deixar de tanto pensar.
Estou mas não estou. Pela primeira vez em 30 e tal anos, vou estar à frente de tudo.Vou pensar em mim, repensar tudo. Questionar o mais simples. Desmistificar o mais complicado. A minha vida é o mais importante que tenho. Sem ela nunca poderia vê-las sorrir para mim todos os dias.
E elas e o seu sorriso, são a razão da minha vida.
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