sexta-feira, agosto 31, 2007

Cirilo

Ontem, ao fim do dia de trabalho, fomos ao Porto, à missa do primeiro aniversário da sua partida . Primeiro passámos a deixar as flores e ver ali a foto dele, trouxe-me à memória o dia 30 e 31 de há um ano. O que chorei. As lágrimas que vi em tantos rostos e a incredulidade da sua partida. Recordei a dor. Aquela dor.
Um ano depois, ainda não acredito. É estranho, mas para mim, ainda não partiu. Acho que ainda não consegui aceitar. E ainda não acredito, mesmo.

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A saga do desfralde

Aos 23 meses a Mariana levantava-se e pedia-me para fazer xixi. E fazia. Decidi começar o desfralde em casa dia 11 de Junho. Na quarta feira seguinte, com tudo preparado na escola, as educadoras começaram lá. Mas sempre com má vontade. Porque estavam a fazer aos outros meninos que são mais velhos, mas que fizeram 2 anos no Inverno. Logo no primeiro dia, começaramlogo a dizer quera muito cedo. Ainda nem tinham começado. Ora ela tinha todos os requisitos para começar. Tinha quase 2 anos. Pedia algumas vezes para fazer e fazia no bacio.
Em casa às vezes fazia, outras fazia no chão e vinha logo aflita pedir o "panho" (pano). nós tinhamos que ir atrás dela ver onde tinha feito porque ela não nos queria dizer, embora nós lhe explicássemos que não fazia mal ter um descuido que só queríamos ir limpar.
Na escola a vontade nunca foi muita de colaborar. O Pedro ia buscá-la e quase todos os dias lhe diziam que era muito cedo e que ela estava sentada no bacio mas que só fazia ou na sesta quando tinha a fralda ou já à tarde antes de ir embora pelas pernitas abaixo.
Em casa continuava a fazer às vezes no sítio certo, outras vezes nem por isso.
Ao fim de uma semana, disseram no infantário que era melhor adiar. Que talvez lá para aAgosto. Passei-me porque achei que estava a dizer aquilo porque em Agosto o infantário fechava e elas não queriam ter trabalho.
Eu disse ao Pedro que não ia voltar atrás porque ela em casa até colaborava. Que não se devia recuar. Na semana seguinte na quarta e na sexta, fez no bacio da escola e nunca se descuidou.
Pensava eu que estávamos no bom caminho.
Na semana seguinte, voltou a reter o xixi todo o dia e fazia quando não aguentava mais. Em casa continuava a fazer umas vezes no sítio certo, outras não e a pedir algumas vezes.
No infantário voltaram a dizer, pela 5º vez, ao meu marido que devíamos adiar. A mim, de manhã quando eu a ia levar nunca me diziam nada. Passei-me e fui falar com a educadora. Achei que tinham tido má vontade desde o início. Expliquei-lhe que ela tinha todos os requisitos e que não se devia voltar atrás só porque os outros eram mais velhos e ficavam envergonhados quando faziam nas cuecas e ela não dizia nada. Porque em casa ela dizia. A educadora disse-me que ela se controlava muito bem, até demais, mas que raramente fazia no bacio. Que tinha medo que ela fizesse uma infecção urinária por estar tanto tempo a reter. Eu disse-lhe que nem que demorasse 10 meses achava que não se devia voltar atrás porque as crianças não são todas iguais e ela podia demorar mais do que as 2 ou 3 semanas que ela dizia que era normal. Depois da conversa decidimos continuar até ir à pediatra na semana seguinte (dia 3).
A pediatra achou que se ela em casa pedia e às vezes fazia no bacio, e que nunca fazia nas cuequitas que devíamos continuar. Que quando ela não quisesse fazer no bacio para abrirmos uma fralda e colocarmos aberta para ela fazer.
Só que depois disto tudo, destes recuos e avanços, ela começou a berrar cada vez que falávamos em bacios. Não queria mesmo. Lá continuámos até eu ficar doente, dia 5. A partir daí andei tão zombie que nem me lembro muito bem como é que as coisas se desenrolaram. Deixamos de insistir e eu tinha pensado continuar nas férias. Mas não tive coragem. Estava demasiado esgotada. Precisava de descansar e não queria estar a pressioná-la por forma a termos umas férias menos descansadas. Estou tão pouco tempo com ela que achei que talvez não fosse assim tão importante. Até porque estava ao mesmo tempo a a desmamá-la.
E às vezes perguntava se ela queria ir ao bacio e ela começava logo a choramingar. Desisti. Vou deixar passar um tempo para ela esquecer. Quando ela achar que as fraldas a incomodam, há-de pedir. Não há-de usar fraldas até aos 18 anos. O que me intriga é o que é que terá acontecido no infantário para ela se comportar assim. Porque ela sempre fez tudo mais precocemente no infantário que em casa. Enfim, tem muito tempo.

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Amamentação- fim

A principal novidade é que a Mariana já não mama. Nas férias tivemos uma rotina diferente e deu para a ir desabituando. Viemos para casa e ela ainda mamou duas ou três vezes porque ela quando está com muita gente e se sente envergonhada, vem ao meu colo e começa logo a pedir como se fosse um refúgio. Ou quando tem fome e o "ámoço" (almoço) ainda não está pronto. A última vez que lhe dei foi a semana passada porque ela pediu e eu quis dar-lhe uma última vez. Ainda tenho algum leite mas não quero secá-lo com aqueles medicamentos horrorosos. (Alguma sugestão mais natural?)
Claro que depois disto ainda olha para mim e começa: - "As maminhas da mamã. Eu qué té, mamã."

Depois destes 25 meses, já não sinto aquela nostalgia como quando era para ter terminada a amamentação há algum tempo atrás. Foi muito bom ter o privilégio de durante este tempo alimentar e acarinhar a minha filha nestes momentos só nossos. Acho que criámos (mais) um laço que nunca se perderá. Mas agora é tempo de outras conquistas. Ela está a crescer e os nossos momentos estão a diversificar-se mais. Mas foi muito bom. Dei muito de mim. Recebi algo com um valor incalculável. Aqueles momentos e aqueles olhinhos com a sua expressão que nunca vou esquecer.

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Conversa de sapatos

A minha filha, de há uns meses para cá, só quer calçar os nossos sapatos e passear-se pela casa. E até com os de saltos altos, ela se ajeita bem. Eu é que não sabia que estes gostos começavam já. Qualquer dia está a pedir-me para maquilhar-se... (e ela ainda é o meu bebé, ok?)

Na quarta feira saí de casa com ela e com os 50 sacos habituais e quando fecho a porta, depois de pensar 1000 vezes se não me faltava nada, reparo que ela está descalça. Ela bem me tentou avisar mas eu não estava a ligar nada ao que ela estava a dizer porque estava a recapitular tudo, antes de fechar a porta (perdi a minha chave e ainda não tive tempo para a procurar em condições).
Claro que não a deixei ir descalça pela rua fora até ao carro porque ainda era longe. Fez-me uma birra porque queria ir a pé e eu até tive que deixar os sacos a meio do caminho e levá-la tipo fera enraivecida. Para a pôr na cadeira foi outro festival porque entretanto com os esticões que dava, bateu com a cabeça na porta do carro. Enfim, um filme. Até que lá consegui ir buscar os sacos e fazer a viagem mais ou menos normalmente.
Ontem levantou-se e foi acordar-me. As primeiras palavras dela foram:
- Mamã, eu qué cáxá os xapatos. (Mamã, eu quero calçar os sapatos)
Ups...

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quinta-feira, agosto 30, 2007

Um ano

Um ano...
Uma perda tremenda...
Uma falta constante...
Um vazio profundo...
Uma saudade arrebatadora...

Só podemos esperar que estejas bem, aí no céu, Cirilo.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Parabéns mana Rita

Há 28 anos, lembro-me de perguntar ao meu pai, admirada, porque é que a mamã não estava e eu ia dormir sozinha com ele. Lembro-me que era verão e estávamos de férias na Nazaré. Lembro-me da cama branca de ferro mas não me lembro o ele me respondeu à minha pergunta.
Nem sei se tive noção que passara de filha única a filha mais velha.
Nascias tu. 3400kgs. 51 cms. Chorona.
Não te vi com bons olhos nos primeiros tempos. Hoje já não saberia viver sem ti.
Tal como nesta nossa ligação de irmãs, também na vida, as coisas evoluem para melhor. Hoje será melhor que ontem. E hoje é dia de festa.
Festejamos a tua vida. A tua presença. A tua amizade. O nosso amor.
Parabéns mana Rita. Que sejas sempre muito feliz.

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terça-feira, agosto 28, 2007

Finalmente o primeiro encontro

Embora já tenhamos regressado e retomado o trabalho ainda não tive tempo (nem força) para vir dar novidades.
No dia do nosso regresso a casa, a linda Natacha fazia 2 aninhos. Fizemos um pequeno desvio para ir à festa mas já chegámos mesmo no final (malvado GPS).
Mas ainda tivemos tempo para finalmente conhecer as minhas queridas Xana e Moky (e restante família, claro).
Andei o dia todo, muito nervosa. Porque sou tímida e porque há muito tempo que ansiava por esse dia. Mas quando cheguei lá, perdi a timidez toda. Senti que nos conhecíamos desde sempre. Adorei aquele bocadinho. E ainda tirámos uma foto juntas (obrigada, L., que o Pedro não estava a conseguir...lol) mas a Moky é que a tem. Depois a Xana convidou-nos para irmos ver o futebol lá a casa deles. E eu parecia uma criança, entusiasmadíssima. E aceitei logo. Gostei tanto daquela noite. Do V. que é um amor, da simpatia do L. e da Xana. Adorei. Adorei.
A Moky e a Xana são espectaculares. Ainda bem que existem blogs. Sem eles, dificilmente nos conheceríamos. Obrigada, amigas.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Histórias contadas por ela

Nesta fase, com as energias mais em baixo, é preciso ser a minha filha a lembrar-me que as histórias começam todas com "É uma bex" (Era uma vez...).

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terça-feira, agosto 21, 2007

Nova modalidade de entrada

Tendo uma chave que deveria abrir mas não abre a porta de casa da minha mãe, vejo-me obrigada a saltar pela janela. Nos últimos dois dias, é a terceira vez. Vou ficar aqui com uns músculos que qualquer dia arranjo um novo emprego: saltar janelas quando as pessoas deixam as chaves dentro de casa. (Nada mau...)

(E os cães do quintal a ladrar como se eu fosse um assaltante e a dona "marquesa baronesa" cadela da mana Rita, levanta-se, espreita e nem solta um latido, que isso de ser cão de guarda dá muito trabalho...)

sexta-feira, agosto 17, 2007

Aniversário da Mariana em fotos (mais vale tarde que nunca)
















































































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terça-feira, agosto 14, 2007

E porque finalmente já tenho net em casa


Não posso deixar de contar uma das últimas da Mariana:
"Xou tão gira".
(E não é que é mesmo? Ok, ok, já sabem como são as mães...)

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domingo, agosto 12, 2007

Chegámos

Chegámos de umas férias super, mas estamos sem net em casa. Assim que pudermos vimos dar novidades.

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