Quando olho para trás, lembro-me da altura da gravidez em que queria desesperadamente ultrapassar a barreira das 12 semanas, passar aquele período horrível em que a tive o corrimento. Lembro-me mais tarde de estar felicíssima na altura das 16-18 semanas e do orgulho de ultrapassar as 20 semanas. De começar a contar as semanas em sentido decrescente e de passar o segundo e parte do terceiro trimestre sempre com um sorriso de orelha a orelha. Por volta da 32ª semana começou o terror das contracções e passei a viver esta gravidez um pouco mais a medo e a contar cada dia que passava para ver se conseguia que a minha menina não fosse muito prematura. Quando olho para trás vejo como o tempo passou depresssa. Como sou outra pessoa, como ainda há uns meses olhava com respeito e admiração para as pré-mamãs em final de tempo e pensava como ainda faltava tanto para chegar a minha vez. Agora, quando penso o pouco que falta (sim porque as contracções já são uma constante) já sinto algumas saudades de olhar para minha menina dentro de mim a ondular, de ouvir constantemenete como estamos bonitas, com a barriga redondinha e com a pele óptima. Até nisso a gravidez é uma benção. Estão sempre a mimar-nos com elogios (mesmo que não sejam totalmente verdadeiros sabem bem ao ego!).
Amanhã vou à consulta e fazer CTG para ter uma ideia como estão as coisas a evoluir. Ao mesmo tempo que sinto esta nostalgia de dizer adeus a um estado que me acompanhou 9 meses, sinto-me como uma adolescente que se apaixona pela primeira vez e vive intensamente essa paixão. Sinto-me ansiosa por ser mamã, por abraçar a minha filha e começar a viver uma nova fase. A minha família está ansiosíssima também. A minha irmã diz que ela não vai querer nascer, que ainda vão ter que a ir lá buscar... A mana Vera sempre apostou no dia 5 de Julho. A minha tia I. já me perguntou se ainda era hoje e a minha prima F. diz que quer que ela nasça no fim de semana. O Pedro quer que eu pergunte ao médico amanhã se pudemos tratar do assunto no fim de semana. Eu acho que não passa de domingo. Vamos ver.
O que interessa é que quando olho para trás vejo 9 meses de alegrias, medos, sorrisos, choros, desesperos e esperanças. Mas vejo essencialmente um crescimento e amadurecimento e que vivi intensamente esta gravidez. Estou feliz.
2 Comments:
Faço das tuas palavras as minhas.
É mesmo isso...temos tanto amor para dar que quase rebentamos de ansiedade.
Que nasça depressa e bem sem fazer doer muito :)
Beijocas
Chorei tanto a ler este post...
que lindas palavras, estou desejosa de sentir o mesmo :)))
tudo de bom querida, mtas felicidades!
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