O mistério da vida
O nascimento de uma vida é para mim um mistério. A parte científica é extremamente fácil de compreender. Mas, ao pensar que de um acto de amor (ou pelo menos normalmente!) começa a crescer um ser, uma vida, faz-me pensar. Uma das coisas que sempre me impressionou foi pensar: os pais vão para a maternidade sem nada (entenda-se com uma grande barriga) e saem de lá com um bebé , uma vida. Eu sei que os nove meses que dura a gravidez faz já de nós mães. Já comunicamos e interagimos com os nossos filhos. Já pensamos a nossa vida em torno deles, mesmo sem nascerem. Mas não sabemos como vão ser. Nem fisicamente nem em termos de comportamento. Em suma, embora não os escolhamos, são para nós sempre os melhores. E amarmos uma vida que está ainda dentro do nosso útero, não deixa de ser também um doce mistério. Imagino muitas vezes como deve ser a sensação de uma vida, daquelas que nos acompanharão sempre, (para além do nascimento, claro!) o dia de regresso a casa. Passar de dois mais um bebé na barriga, para três deixa-me a pensar que o nascimento de uma vida foi "um plano muito bem arquitectado".
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