segunda-feira, fevereiro 22, 2010

O ano de 2010 no seu melhor...

Andava a dormir pessimamente mal. a miúda só queria mamar. Mas o pior começou no sábado, dia 13. Levantar cedo rumo a Lisboa. Chegar e esperar eternidades. Por um exame tipo gincana. Quatro minutos, toca campaínha, entrar numa sala. Muitos nervos. Toca a campaínha. Trinta segundos. Mudar de sala. Troca a campaínha. Quatro minutos. Para pensar e agir. Rapidamente. Assuntos díspares. Toca a campaínha. Trinta seguindos. Outra sala. Quatro minutos. Catorze vezes, assim. Saí de rastos. O examezão do curso, segundo dizem. Feito mas com muito cansaço. Domingo aliviou um pouco a falta de descanso. Na segunda a Matilde estava doente. Na terça, clausura e nem fomos ver o Carnaval. a Mariana ainda se mascarou mas a Matilde não quis. Saímos só para ir a casa da minha mãe.
Outro exame a meio da semana que era suposto ser às 9.30. Às 14 horas ainda eu esperava, cheia de fome e nervos. Deveria começar a trabalhar a uma hora e meia de distância às 14. Fui comendo restos de açúcar que tinha no bolso de um qualquer pacote que se tinha rompido. Não podia sair dalí nem para comer. Fiz o exame que "não acertou tudo, mas como tem muito boas noções de XXXX (o assunto do exame) vai ter 1X (a nota do costume). ao menos isso. Com tantos nervos, ainda bloqueei e não acertei tudo. Porque terá sido?
Fui a voar para o trabalho, visto que tinha uma pessoa que ia de táxi desde a sertã às 15 horas. Só esperou um bocadinho. A tarde decorreu mais ou menos normalmente.
Na sexta de manhã, soube que a minha mãe tinha ido para o hospital nessa madrugada (a minha irmã viu-me tão cansada que só me disse no dia seguinte). Fui lá ao hospital falar com os médicos e parti para Coimbra para trabalhar. Ela estava apenas em observação. Estava cansada mas bem. Quando cheguei de Coimbra fui lá e o médico disse-me que ela teria alta daí a umas 3 horas. Estava bem. Fomos ao CPM. Ligaram para a irmos buscar ao hospital. Quando chego lá, que ela estva na pequena cirurgia. Pensei que se tinham enganado. afinal não. tinha-na deixado cair da maca. Que fizera um golpe que tinha que ser suturado, na cabeça. Quando cheguei ao pé dela estava muito confusa. Cheia de sangue. Falei com o médico. Que era da queda. Foi uma confusão.
Nem sequer queriam registar a queda. Que tinha sido depois da alta. Pelo bem dela e da minha sanidade mental, decidi assumir o risco de a trazer mesmo assim. Sem equilíbrio para andar. Confusa. Cansada.
Eram 4 da manhã quando chegámos a casa. No dia seguinte nem queria acreditar quando o despertador tocou às 8 para eu ir trabalhar (Sábado). Tinha que estudar à tardinha mas decidi ir dormir. Olhei para o espelho e vi uma pessoa que parecia desenterrada. Olhar fixo, morto, esbugalhado. Era melhor descansar. Assim, fiz. A mamã foi melhorando, mas ainda muito sonolenta. Toda negra, com um hematoma maior que a orelha na cabeça e um golpe gigante no couro cabeludo.
No domingo estive a tentar estudar as mais de 1200 páginas que devia saber de trás para frente, hoje no exame. E tirar fotos para um trabalho da Mariana. E tantas outras coisas. Dormi mal esta noite, com a miúda atracada à mama. Acordei cedo rumo a Lisboa. Fiz o exame que deve estar passado. Sem a nota do costume, que também não sou assim tão ambiciosa. Fui para fazer uma preparação para um exame prático como estava combinado e fui literalmente mal tratada pela prof. Como se não tivesse sido ela a sugerir o esquema. Muitos nervos. Muitos lances de escadas subidas e descidas, muita falta de açúcar (os nervos dão-me para isto) e algumas lágrimas. Faço tanto esforço todos os dias. Para ser humilhada só porque ela estava mal disposta. A falta de respeito devia ser punida. Fiz a preparação, ainda na incerteza do que vai acontecer. Saí de Lisboa noite escura com um temporal e filas. Cheguei bem. Mais descansada mas exageradamente cansada. Seis braços à minha espera. Calor de um amor que me move para não desistir. Quando estou muito para além do meu limite. Amanhã é outro dia. Onze horas de trabalho devem dar para repôr energias. Entretanto há mais para estudar também. E tanto trabalho atrasado. Sempre a queixar-me, é o que é...

Etiquetas: , ,

7 Comments:

At 23/2/10 10:05, Blogger Pat said...

Amiga um abraço forte cheio de energia, tens muito valor, nunca tes esqueças disso. És o meu orgulho.

beijinho

Pat

 
At 23/2/10 11:51, Blogger Lúcia said...

Não te posso aconselhar nada que não tenha feito antes, se os conselhos fossem preciosos vendiam-se, portanto resta me dizer te q aproveites a vida, só...

 
At 23/2/10 12:23, Blogger MakingMoney said...

Apenas me ocorre dizer... não sei como é que aguentas...

 
At 23/2/10 14:48, Anonymous Anónimo said...

Fiquei cansada só de ler! lol
Agora a sério,compreendo-te... onde vamos buscar esta força? Não sei, talvez àqueles que no adoçam a vida. Mas temos que ter cuidado connosco, sem dúvida.
Força e que tudo te corra bem!
Beijinhos

 
At 23/2/10 22:51, Blogger Dianamãe said...

eheheh
até eu tive que respirar fundo no fim do texto...
mas pronto, quem corre por gosto não cansa, né?
euzinha posso-te já dizer, que não aguentava... nem me queiram ver cansada... fico sem paciência, embirrenta... puff do pior!


jinhos e as melhoras da tua mãe!!
força aí!! e vê lá se metes mais "coisas" na mala, ok? só pacotes de açucar não chegam, certo?

 
At 24/2/10 00:23, Blogger Jane said...

Toda a força para ti! O que mais interessa agora são as melhoras da mãe e o maior descanso possivel para ti! Muitos beijinhos

 
At 4/3/10 15:31, Blogger Diana Bento said...

Espero que a tua mãe esteja já melhor. Quanto a ti, não sei como te aguentas...

Beijinho grande.

 

Enviar um comentário

<< Home