sexta-feira, julho 17, 2009

Já lhe perceberam a essência

A festa da escola das miúdas até foi engraçada. Decidiram fazer barraquinhas (a do ano passado do final de ano também foi assim). Barraquinhas da comida (várias), da matemática, das ciências, da dança, da astronomia, etc... Na sala da dança criaram um ambiente oriental e as crianças iam lá, vestiam trajes (sevilhana, dança do ventre, etc) e dançavam as músicas que estavam a ser cantadas e dançadas num ecrã gigante. A Mariana delirou (mas teve tanta vergonha de estarmos todos a olhar para ela que nem dançou quase nada). Gostou muito também da barraquinha da pintura de pratos. Eu pintei um para a Matilde (que obra de arte...).
A Mariana foi ao palco actuar (dizer uma pequena lenga-lenga que tinham trabalhado durante o ano) e receber o diploma. A Matilde foi ao meu colo fazer um jogo. As educadoras diziam uma rima e nós tinhamos que adivinhar qual era o nosso filho e ir lá buscar o diploma. Foi fácil. Diziam assim da Matilde:

Das três a mais novinha
Mas muito desembaraçada
Sempre que vinha à escola
Muito a sua mãe a abraçava.

Pois bem, é sem dúvida a mais pequena das 3, visto que os outros são meninos (só há um que tem menos uns dias que ela). Muito desembaraçada. A quadra podia só dizer isto que eu sebaria logo que era da Matilde que falavam. Estão sempre a dizer-me que ela é muito desenrascada. E eu sei que sim. Talvez uma das suas características mais evidentes. A frase "sempre que vinha à escola" só pode querer dizer que faltou muito. Estava sempre doente.
E "muito a sua mãe a abraçava" acho que diz tudo. Ela agarra-se a mim e encosta a cabeça no meu ombro. Abraça-me com força como que a pedir-me que não a deixe. Choraminga por vezes. E eu apaixonadíssima por ela, fraquejo. Como se pudesse voltar atrás, bater com a porta e dizer:
"Ela é minha, não fica convosco. Vou levá-la e vou abraçá-la a toda a hora." Amo-a demais. A minha bebé.

Etiquetas: , , ,