Autobiografia (pequenos excertos dedicados às minhas filhas)
Nunca pensei voltar a amar assim.
Tinha 24 anos, acabara de perder a figura masculina mais importante da minha vida e tentava esquecer um amor de quatro anos e meio. Com a pessoa que eu pensava que era o amor da minha vida.
Quantas vezes imaginei que dali para a frente passaria a viver uma vida de recordações. Porque naquela altura "sabia" que jamais amaria alguém assim. Que me escapara o homem com quem poderia casar e ser feliz.
O vosso pai surgiu "do nada", apenas alguns dias depois. Na altura mais errada da minha vida. Quando não estava disponível nem para amar, nem para ser amada. Agarrou-me a mim e à minha vida e aos poucos foi-lhe dando forma e cor, novamente. Pegou nos cacos e colou-os, com a paciência que ainda hoje lhe conheço. E eu, ávida de ser feliz e construindo um amor dia após dia, cresci e voltei realmente a amar. Ainda mais. De uma forma diferente e como nunca imaginei ser possível.
A minha vida ressurgia e aos poucos, eu percebia que nunca poderia ter sido tão feliz noutras circunstâncias ou com outras pessoas.
Durante a nossa vida quantas vezes não pensaremos que está tudo perdido. Que não voltaremos a ver o sol brilhar, só porque uma nuvem se atravessou no caminho.
Minhas queridas, a nuvem é apenas o elemento que nos vai fazer dar o devido valor ao sol, quando este voltar a brilhar.
Etiquetas: As minhas filhas, Autobiografia
5 Comments:
Como eu te entendo!
Ainda bem que és realmente feliz... E apesar de todo o sofrimento que possa ter existido em determinado tempo é muito bom olhar para trás e pensar: de certeza que nunca seria tão feliz!
Beijinhos
Ana TAvares
Sim, Patrícia! A esperança é a última a morrer. E depois da tempestade vem a calmaria.
Ainda bem que o Sol volta sempre a brilhar.
Fica bem.
Bjs.
É tal e qual como dizes... muitos beijinhos!
Muito bonito e como é verdade!!!
Beijos, Carla
E acontece muitas vezes. quando estamos mesmo mesmo em baixo, parece que de repente surge o "sol"..
bjnho
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