Licença de maternidade

Hoje seria o primeiro dia de trabalho depois de 120 dias de licença. E digo seria porque a realidade foi diferente. Quando a Mariana tinha apenas 5 dias tive o "azar" de passar pela clínica para ir buscar compressas e tive logo que ver uma urgência. Nessa altura o Pedro disse logo que não me dava mais que 8 dias para eu começar a trabalhar. Claro que me ri. Ainda tinha os pontos e tudo. Não se enganou. Com apenas onze dias deixei a minha filhota para ir trabalhar. Nada me custou tanto. Comecei a trabalhar 2 dias por semana. Quando ela fez 5 semanas comecei a trabalhar os 6 dias por semana. Uma semana mais tarde o Pedro começou a licença de paternidade até hoje (por decisão conjunta). Ele andou com a Mariana atrás de mim. Enquanto eu trabalhava, ele tomava conta dela e aturava-a a chorar. Sim porque às vezes ela só acalma com o meu leitinho. Foi muito difícil para mim não poder ficar com a minha filha. De vez em quando lá fazia ponte ou tirava uns dias de férias mas mesmo assim não é a mesma coisa. Quando penso que só agora iria trabalhar e que teria ficado com a minha filha este tempo todo, fico nostálgica. No entanto, o Pedro ter estado connosco até agora, foi muito bom. Para mim que me senti muito apoiada e acompanhada. Para a Mariana que pode "crescer" no relacionamento com o papá. Porque mãe é mãe e os laços existem desde a gravidez. Com os pais esses laços vão- se formando com o tempo. Ela adora o Pedro e tem um relacionamento espectacular com ele.
Ele voltou ao trabalho hoje e sentimo-nos um pouco tristes. Tivemos saudades. Ele confessou-nos há pouco que também teve saudades nossas.
Quarta feira começa a dura prova de trabalhar e levar a Mariana comigo. Ela ainda não fica com ninguém. Chora muito porque a maminha ainda é o seu conforto. Ontem começou a comer sopa e fruta (pêra). Gostou muito. Talvez em breve já se habitue a novos sabores e já seja mais fácil deixá-la. Fácil para ela. Para mim é sempre difícil.