terça-feira, julho 20, 2010

Desfralde

Iniciou na semana em que fez dois anos. Quando a educadora veio ter comigo:
-" Mãe, precisava de falar consigo", soube imediatamente que vinha essa proposta. E quis fugir. Gritar que não. (Ainda tão presente a saga que foi com a Mariana). Virar-lhe as costas. Assobiar e olhar para cima, fingindo não ouvir. Pelos pensamentos só me passava, que tem tempo. Para quê tanta pressa?
Mas pronto, acedi. Não tinha outra hipótese.
E ela, sabida como é, percebe bem onde deve fazer o xixi. E o cocó. E há dias que corre tudo às mil maravilhas. Tem dias que é uma desgraça. Aos fins de semana usa fralda. E a primeira vez que me pediu para fazer cocó, fui a correr com ela e fez um grande xixi no bacio. E eu fiquei tão contente. E ela tão orgulhosa. Mas depois disso já me fez um xixi na perna. E todos os dias vêm cuequitas molhadas. E a educadora diz que é normal. O Pedro passa-se porque lhe diz para ela ir fazer e 5 segundos depois, ela faz no chão. Eu nem quero saber. Continuo a assobiar para o ar. Que ainda é cedo. Tem tempo. Se não for hoje, é amanhã. Tinha prometido a mim mesma que nunca mais deixava morrer um único neurónio com o stress do desfralde. Quando ela quiser, que seja. E assim vamos continuando.

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