14 de Abril de 2001
Um dia destes, alguém me "entrava pelo trabalho adentro", e falava-me de ti. Da tua bondade. Do teu dom. Escutei maravilhada. Adoro ouvir falar de ti. Das tuas histórias. De terminarem sempre entre risos. Daqueles risos que tu tanto gostavas. E olhava para a outra pessoa, que me parecia tão mais velha que tu. Tu, que serás sempre novo, entre nós. Que não te foi permitido envelhecer. 48 anos. Como foi possível acontecer?
Hoje doeu. Muito. Mais uma vez. As datas. Sempre as malditas datas. E as horas. Das 14 às 15. Perdida, como naquele dia. Sem rumo. Muitas lágrimas. Nove anos depois, não doeu menos. Para sempre, assim. 14 de Abril. Imagens que se repetem.
Amanhã, novas imagens. Da despedida. Do sorriso de calma. Dos abraços. Da multidão. E por fim, o vazio. O tudo e o nada. O desespero...
Mas sinto-te. Aqui. Onde estiveste sempre. Ao meu lado. Quando me segredas aquelas palavras que jamais esquecerei. A estrela cadente. A força vem daí. De ti. Dum amor eternamente eterno. Desmesurado.
Amo-te como sempre, para sempre, papá.
Etiquetas: Coisas minhas, o meu pai
7 Comments:
Não há palavras. Senti um aperto enorme a ler este texto. é um dos meus grandes medos. beijinho com muito carinho.
Só posso te deixar um grande beijo!
Infelizmente entendo e sinto cada palavra... beijinhos grandes.
Ana Abreu
Um abracinho forte e um beijo.
Mil beijos e força!
Olá...nunca comentei mas de vez em quando leio o seu blog.
Hoje ao ler as suas palavras, emoções e saudades...revi-me a mim própria...fez ontem 1 semana q tb o meu pai nos deixou...ainda n consigo acreditar...tão novo...tão amado...tão amigo...partiu no dia a seguir ao 4º aniversario do meu filho...ainda nem tive coragem de lhe dizer...
É uma dor e um aperto mto amargo..as saudades começam a apertar...o facto de nunca mais o ver ou ouvir doi muito...
Peço desculpa pelo desabafo num espaço que não é meu...
Beijo grande
Dália
Sei bem o que sentes :(
Um beijinho muito, muito grande.
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