quarta-feira, março 24, 2010

Do meu pequeno furacão

Está linda. Mesmo. Diz tudo. Refila, bate, exige. Mima e aninha-se em mim. Pede maminha, "mamotas"(mamocas), ou mama. Em resposta negativa, pede para ver a minha barriga ou para eu levantar a camisola. Diz que tem um vestido "iguau ao da Máta" e repete o almoço na escola. Está gordinha mas não aumentou de percentil. Tem escapado às doenças nos últimos dias. Imita a irmã a falar inglês. Canta tudo. Sabe as músicas de cor. Vê infinitas vezes a Popota, a loja do mestre André, a Cidade e Joana come a papa. Quando não percebe alguma coisa diz: "A Patita não xapi" (A Matilde não sabe). Sabe os nossos nomes. Às vezes é Patiúde (Matilde), outras Patita. Diz os nomes das cores com convicção, mas não as distingue. Responde "uma", quando lhe perguntamos quantos anos tem. Está mimada mas é independente. Grita muito e trepa a tudo. Escolhe a roupa e os sapatos. Adora chapinhar no banho. Diz que está frio e não gosta da "Xuba". Adora os bebés dela. Trata deles com mimos. Beija-os e abraça-os.
Sempre que falo dela é inevitável a palavra "maluca" não vir à baila. Que é desassossegada. Com energia a mais. Malvada às vezes. Tantas vezes a palavra furacão. Sobram as qualidades também. A meiguice. Os beijinhos (ai, os beijinhos). O olhar. Tão dela. De derreter.
Hoje encostou-se a mim, e não tive dúvidas. O cheiro. A pele. O abraço. O mimo.
A minha pequenina é um tesouro. Só por isto, vale a pena viver.

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1 Comments:

At 25/3/10 11:15, Blogger CLS said...

Caramba, parece que estás a falar da Mafalda, tal e qual sem tirar nem pôr! :))
Beijinhos.

(mandei mail)

 

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