Daquela cabecinha
Zangada com ela, por ter pintado umas tostas de brincar (Até estava engraçado, parecia patê, mas como eu já lhe tinha dito que não queria brinquedos pintados... E a tinta até sai, mas...), disse-lhe que se voltasse a acontecer, os brinquedos iriam para casa doutros meninos.
-"Eu nunca mais fico nesta casa. Vou para casa da avó L."- diz ela a castigar-se.
Lá lhe expliquei que não era ela. Que a amamos muito e nunca a mandaríamos para outra casa, mas que os brinquedos não são para estragar. Que há muitos meninos que não têm brinquedos e não os estragariam. Compreendeu (Mas de vez em quando lá escreve onde não deve. Assina tudo.).
Ontem, a irmã bateu-lhe e ela:
-"Nunca mais vivo nesta casa. Vou para outra casa."
Começo eu a pensar que a miúda está tontinha, onde teria ido buscar tal ideia, até que... Eu com 3 anos, arrumei roupas numa mochila e fiz-me à estrada (sim, tentei fugir de casa muito antes da adolescência). Estava calor, mas eu sabia que viria o frio a seguir e até fui buscar um cachecol. Os meus pais foram buscar-me já a meio da subida de minha casa. Hoje sei que devem ter ficado a ver o que eu fazia. Lembro-me da frustração de ter que voltar para casa. Não me lembro do motivo para a fuga.
Quem sai aos seus não degenera, não é?
Etiquetas: 4 anos e meio Mariana
2 Comments:
ainda hoje as minhas estragam os brinquedos!principalmente os cabelos das bonecas!
jito
Medo!!!
De vez em quando também ouvimos o "não quero mais morar aqui" e companhia...
Quanto a sair de casa... lembro-me de uma vez me ter zangado com os meus pais, peguei nas minhas colants (não sei porquê), nos livros da Anita e fui para a casa da vizinha... e o que me custou voltar para casa e encontrar a minha Mãe de volta da comida e não me ligar nenhuma...
Fica bem.
Bjs.
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