quarta-feira, março 17, 2010

Daquela cabecinha

Zangada com ela, por ter pintado umas tostas de brincar (Até estava engraçado, parecia patê, mas como eu já lhe tinha dito que não queria brinquedos pintados... E a tinta até sai, mas...), disse-lhe que se voltasse a acontecer, os brinquedos iriam para casa doutros meninos.
-"Eu nunca mais fico nesta casa. Vou para casa da avó L."- diz ela a castigar-se.
Lá lhe expliquei que não era ela. Que a amamos muito e nunca a mandaríamos para outra casa, mas que os brinquedos não são para estragar. Que há muitos meninos que não têm brinquedos e não os estragariam. Compreendeu (Mas de vez em quando lá escreve onde não deve. Assina tudo.).

Ontem, a irmã bateu-lhe e ela:
-"Nunca mais vivo nesta casa. Vou para outra casa."
Começo eu a pensar que a miúda está tontinha, onde teria ido buscar tal ideia, até que... Eu com 3 anos, arrumei roupas numa mochila e fiz-me à estrada (sim, tentei fugir de casa muito antes da adolescência). Estava calor, mas eu sabia que viria o frio a seguir e até fui buscar um cachecol. Os meus pais foram buscar-me já a meio da subida de minha casa. Hoje sei que devem ter ficado a ver o que eu fazia. Lembro-me da frustração de ter que voltar para casa. Não me lembro do motivo para a fuga.
Quem sai aos seus não degenera, não é?

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2 Comments:

At 17/3/10 13:28, Blogger carmo pinto said...

ainda hoje as minhas estragam os brinquedos!principalmente os cabelos das bonecas!
jito

 
At 18/3/10 14:10, Blogger Mamã e Tesourinhos said...

Medo!!!

De vez em quando também ouvimos o "não quero mais morar aqui" e companhia...

Quanto a sair de casa... lembro-me de uma vez me ter zangado com os meus pais, peguei nas minhas colants (não sei porquê), nos livros da Anita e fui para a casa da vizinha... e o que me custou voltar para casa e encontrar a minha Mãe de volta da comida e não me ligar nenhuma...

Fica bem.
Bjs.

 

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