sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Dia não

Ontem fui ao médico por causa das contracções e do útero continuar sempre demasiado contraído. O médico perguntou-me se não podia parar mesmo. Não respondi (porque poder toda a gente pode mas na realidade não posso) e ele disse-me que estes dias não posso fazer mesmo nada (para ver se passa) e que depois posso trabalhar duas horas de manhã e duas à tarde (What? 4 horas... Que farturinha. Ainda sou capaz de me cansar...). Que se não for a bem, posso ter que ficar "até às 35 semanas de repouso absoluto".
Hoje era para ficar a descansar mas tive que ir resolver um problema criado por uma parvinha e que tinha que ser resolvido ainda hoje. E assim vai ser, até logo à tarde. Para completar, fui buscar as análises e para além de anemia (que nunca tive na gravidez da Mariana), tenho as plaquetas a razar os limites inferiores e a glicémia (como sempre) muito baixa. Daí o cansaço. Portanto hoje o dia ainda promete e eu estou farta disto tudo. Só me apetece chorar ou para bem longe onde possa gritar até não ter forças. Ainda que nenhuma das soluções resolva absolutamente nada.

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11 Comments:

At 22/2/08 14:40, Blogger Bailarina said...

Sei que nada do que diga vai atenuar o que sentes...Leio-te há muito tempo, és muito inteligente, és uma mulher do c...., corajosa, forte, em suma brutal! mas a verdade é que em que algum momento podemos ter mesmo que parar e na verdade tu estas a ser obrigada a parar por um amor do tamanho do mundo!! Por isso pensa e repensa bem, muito bem, porque tens a vida toda pela frente para trabalhar e se alguma coisa corre menos bem tu nnuca te vais perdoar!!
Beijos e felicidades

 
At 22/2/08 14:54, Blogger Clara said...

MAravilha ter-te re-encontrado e com a surpresa de um bebé a caminho, muitos parabéns!

Entretanto, desejo que consigas abrandar e sossegar essa gravidez.

Um abraço

 
At 22/2/08 15:08, Blogger YupiE said...

Tem calminha contigo que tudo se resolve...
Pensa bem no que o médico te disse, repouso e pouco trabalho... vale mais devagar, devagarinho do que parada de vez!!!
Acredito que com a energia que demonstras ter, seja muito dificil abrandar o ritmo, mas pensa que é por uma boa causa, muito boa mesmo!
Um beijinho muito grande no teu coração...

 
At 22/2/08 15:19, Blogger alma said...

Linda,
calma e acalma esse coraçãozinho que está muito stressado! A tua bejenica sente isso e o teu corpo ressente-se com tanto stress!
Vá, tens mesmo de parar por esse milagre que carregas contigo!
beijinhos
cate

 
At 22/2/08 16:10, Blogger Maria said...

Podia até ser simpa´tica e passar-te a mão pela cabecinha, mas não me apetece e vou ser estúpida mesmo.
Tu não aprendes pois não??? Sabes quantas mulheres dariam tudo para acrregarem no ventre o mesmo que tu? Só vais aprender quando esse que carregas te fizer chorar forte e feio e nada mais houver a fazer, não é?
Desculpa mas não sou capaz de dizer palavras doces perante atitudes destas.
Acho de uma irresponsabilidade monstruosa, se não queres ter esse bebe informo-te que o aborto já está legalizado em Portugal (embora me pareça que tens semanas a mais para o poderes fazer legalmente), se na verdade não desejas uma IGV e na verdade amas e desejas esse bebe como tanto falas entao cumpre a risca as ordens do medico. Até porque ao contrario de muita gente tu tens uma serie de apoios, o Pedro, as manas e a tua mãe. que mais queres tu?
Cuida-te

 
At 22/2/08 23:43, Blogger Mary said...

opá tenho de concordar um bocadinho com o comentario anterior embora não queira ser tãoooo bruta!
perdi um bebé ás 17 semanas e até hoje nada me garante que não foi por não ter seguido à risca os conselhos do medico, apesar de saber que foi um problema na placenta, sabes, é um peso que nunca me sairá de cima, porque eu nunca parava na altura e fiquei sempre com esse macaquinho na cabeça.
não confies na sorte por favor. claro que podes parar, tens que parar!!!! se não podes então devias ter pensado antes de engravidar, que poderias viver uma gravidez de risco e ter que parar, assim adiavas, até poderes. mas sei que pensamos sempre que tudo corre bem, que só acontece aos outros e depois é o o que é. mas tu é que sabes o que é que está primeiro (tenho a certeza que é o teu bebé) e só te posso desejar boa sorte
não leves a mal, não te conheço mas foi pelo teu bem que tive a lata de te dar na cabeça! :)
beijinhos

 
At 23/2/08 13:36, Blogger Dianamãe said...

Não é que seja passar-te as mãos pela cabeça... mas acho que quando uma pessoa está em baixo não se deve pôr o pé em cima!
Eu não ponho, porque se fosse comigo não gostaria nem me sentiria nada bem, se me o fizessem.

Quando uma amiga conversa connosco e a sentimos frágil, de certeza eu o que ela não irá necessitar é que lhe deêm um par de estalos.

Não os irás levar de mim.

Vejo-te muito triste.
Tal como um drogado é viciado na droga, um fumador é viciado na nicotina, um workolic é viciado em trabalho, e tu pertences a este último vicio!
Compreendo que este seja um vício tramado, que o profissional nos entusiasma e quando nos damos conta ele absorve-nos as entranhas.
Eu tento que ele não me o faça, muitas vezes, porque gosto de estar ocupada, sentir-me util e proveitosa.
Claro que continuo a amar o meu lado maternal e ninguém tem nada a apontar, pois a minha consciência está tranquila e sei que faço o meu melhor, longe de mim a perfeição (que é coisa abomino).

Tu sabes o que tens que fazer, melhor que ninguém.
Ninguem tem o direito de te meter o dedo na ferida.
Ninguém tem o direito de te apontar o dedo e achar que tu tens o poder de mudar tudo.
Há coisas que estram por um caminho e tem que se respeitar as leis de trânsito, ou seja, se para ires a um sítio (trabalhar) tens que fazer x km, vais fazer o quê? alugar um helicoptero?

Claro que o povo diz que para tudo se dá um jeito, menos a morte tem jeito...

E imagino que deves ouvir isso várias vezes por dia, e dito por ti mesma... que para quem não saiba custa ainda mais ser apontada pelo nosso subconsciente.

Só te resta um caminho.
Tu sabes, não precisas que te o diga.

Força!
Não tens outra escolha, tu sabes.

Um abraço apertadinho, minha kida.
É o que parece que neste momento, mais estás a precisares.

Este stress não te está a fazer bem nenhum, estas alterações que tens que fazer estão a dar-te voltas à cabeça, e te cansa mais ainda do que o físico, certo?

Vá toca a cuidar-te!
Estou aqui "if you need"

Jinhos grandes

 
At 23/2/08 20:08, Blogger Pat said...

Minha querida, como lamento ver-te assim, quem me dera morar mais perto para te poder dar um colinho.

beijinho

Pat

 
At 24/2/08 20:35, Blogger Is@ said...

Olá!
Não te conheço nem tu a mim para ter autoridade de estar a "dar-te na cabeça" mas pensa que quando fores para o hospital ter o bebé, ou se tiveres de ser internada para fazer repouso absoluto, também não vais sair de lá para ir resolver um ou outro pincel que algum incompetente não resolveu. E alguém terá de se desenrascar sem ti. Agora é igual.
Se algo menos bom acontece, todos seguirão a sua vidinha e também se vão "safar" sem ti.
Pensa na responsabilidade que tens. O teu bebé só depende, neste momento, de ti.

Beijinho e tudo de bom para os 4 ;)

Isabel

 
At 25/2/08 11:09, Blogger Patríciangélico said...

Bailarina, tens toda a razão e obrigada pelas tuas palavras.

Clara, que saudades. Obrigada.

Muito obrigada Lília.(Mais uma vez)

Cate, tens razão. Obrigada pelo mimo.

Mary, obrigada pelos conselhos baseados na tua experiência de vida. Só não concordo no esperar até poder engravidar, porque se assim fosse, a maior parte das mulheres nunca engravidava.

Oh Diana, para ti já nem há palavras. Sempre aqui. Mil vezes obrigada por os miminhos.

Oh pat, para ti também mil vezes obrigada. ;)

Belita, tens toda a razão, obrigada e beijinho.

Amar perdidamente, assim que tiver um tempinho, a resposta.

 
At 27/2/08 13:28, Blogger morgy said...

Porque não pedes ao médico que te passe baixa por gravidez de risco?
Se não podes parar pelo lado monetário (sempre foi o meu caso) recebes a 100% pela segurança social e já não punhas em risco a tua gravidez.
Aqui explico os documentos necessários para pedir este subsídio: http://claudiaborralho.blogs.sapo.pt/393401.html

Se és profissional liberal é outra história, mas imagina como te sentirias se algo acontecesse com o bebé.

 

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