Desta gravidez

Poucos dias depois do meu besnico ser concebido, começaram os sintomas. O meu organismo mais uma vez, tal como na gravidez da Mariana não me deixou margem para dúvidas. As dores que até se poderiam confundir com os quistos nos ovários que tenho frequentemente, fizeram-se acompanhar de um aumento brutal e repentino do número de soutien.
Se por um lado não tinha dúvidas, porque já tinha estado grávida, por outro, havia sintomas que na gravidez da Mariana foram mais explícitos. As idas nocturnas ao Wc e as noites mal dormidas pouparam-me mais no início desta gravidez. Tal como as dores nos mamilos que foram também mais suaves.
Dia 15 de Novembro já não esperava mais nada que um positivo. Comprámos o teste (estávamos de férias) e disse ao Pedro que o faria no dia seguinte. Ele já estava a par do que eu sentia e se por um lado já falava na vinda do besnico, por outro queria ver o teste para "acreditar". Nessa noite, não aguentei e fiz o teste. Positivo. Não foi aquele misto de emoções como da Mariana, porque como já disse, não esperava outra coisa senão ver as duas riscas. De qualquer maneira é sempre uma emoção.
Depois veio o medo. Aquela comparação com os sintomas da primeira gravidez. O medo por ainda ser muito cedo. Por o tempo não passar. Por sentir contracções uterinas como se o incompetente do meu útero não percebesse que aquilo não era a menstruação. E que não era para expulsar.