quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Necessidade ou falta dela

E com a noção que meio mundo bloguista me vai cair em cima...Cada vez percebo melhor o facto de nos preterirem em relação aos homens em termos de emprego. Eu sou patroa e simultanemte empregada ou seja, trabalho uns dias como patroa e outros como empregada. Dou o melhor de mim tanto num local como noutro (embora muitas vezes até tenha de me esforçar mais quando sou empregada)mas a verdade é que ultimamente tenho tido provas que há pessoas que se aproveitam dos filhos quando não lhes apetece trabalhar (mesmo quando eles ainda não nasceram). E espanta-me a facilidade com que isto é feito em Portugal. Porque eu também sou técnica de saúde e até ver, ainda sei avaliar a necessidade das baixas, etc. Sou mulher, sou mãe, sou trabalhadora. Sei dar valor a noites mal dormidas, a doenças dos nossos filhos, a dias com preguiça ou sono, a cansaço. Mas sou essencialmente uma pessoa com respeito por os outros e pelo o que o meu trabalho é necessário aos outros. E nunca me passou pela cabeça ficar em casa sem ser por situações de verdadeira necessidade. E não estou a falar dum caso isolado. Neste momento conheço vários e sinto-me revoltada por outras pessoas serem sobrecarregadas por situações que lhes são alheias. Mais rigor, era o que eu pedia a quem deixa passar em claro estes casos.

6 Comments:

At 7/2/07 16:09, Blogger CLS said...

Tens toda a razão, irritam-me especialmente as mulheres q ficam grávidas e q se consideram, só por isso, doentes, ficando de baixa desde o ínício sem motivo nenhum em especial. Eu, felizmente, consegui trabalhar até ao fim, qdo foi da Camila, e espero fazer o mesmo com esta gravidez, será um óptimo sinal.
Beijocas

 
At 7/2/07 16:09, Blogger CLS said...

Tens toda a razão, irritam-me especialmente as mulheres q ficam grávidas e q se consideram, só por isso, doentes, ficando de baixa desde o ínício sem motivo nenhum em especial. Eu, felizmente, consegui trabalhar até ao fim, qdo foi da Camila, e espero fazer o mesmo com esta gravidez, será um óptimo sinal.
Beijocas

 
At 7/2/07 21:11, Anonymous Anónimo said...

Já a algum tempo que consulto este blog, mas só agora decidi comentar.
Em primeiro lugar como técnica de saude, como diz, não devia pôr em causa o trabalho dos seus colegas que provavelmente nem serão da mesma área, sem primeiro ter e pelo menos ter ouvido o médico em causa. Já agora, a sua especialidade permite-lhe passar uma baixa? Não acho que os técnicos de saúde andem por aí a passar baixas só porque os utentes pedem, até porque que quem decide é o médico e não o utente.
Se como diz é mãe, mulher e trabalhadora, como mãe, sabendo que está a prejudicar o seu bébé não aceitaria a baixa?
E o facto de sobrecarregar outras pessoas com a sua ausência quem tem de se preocupar com isso é a empresa, visto que entre o bébé e a empresa em quem acha que uma mãe, ou futura mãe,pensa em primeiro lugar. Consigo não se passa o mesmo?
Por fim acho que só quem vive as situações deve comentar, porque andar cançada ou não dormir de noite não é propriamente o mesmo que necessitar de baixa, já que a incapacidade para trabalhar pode ter muitas causas, não só físicas como psicológicas e nem todas se vêem olhando só para as pessoas.

 
At 7/2/07 21:53, Anonymous Anónimo said...

Ao anonimo apenas quero dizer que infelizmente muitos médicos passam as baixas a pedido sim! Principalmente se o utente quizer ir a uma consulta particular... é triste mas é a realidade.
Sou mulher e acho que muitas mulheres exageram, e o pior de todo o exagero é que na maioria dos casos usam os filhos como uma desculpa para uns dias mais sossegados.
Ana Tavares

 
At 7/2/07 22:32, Blogger Patríciangélico said...

Anónimo(a):
Sim, posso passar baixas.
Sim, conheço os motivos das pessoas em questão, tanto a nível pessoal como em termos médicos.
Confesso que sorri ao ler que não se passam baixas a pedido dos utentes, porque vê-se que desconhece a realidade.
Se ler com atenção, vê que eu nem sequer estou só a falar das baixas, porque que eu saiba as pessoas não faltam só por baixa.
Claro qe se eu não conhecesse bem as situações não colocaria em causa os filhos serem a prioridade mas como as conheço (ao contrário de si que está apenas a julgar factos na base das suposições), sei que as crianças não iriam ser prejudicadas. Até porque quando eu falava em noites mal dormidas estava a pensar num caso que ainda nem sequer é mãe e penso que não terá planos para isso tão depressa.
Quanto ao ser a empresa a ter que se preocupar com faltas, eu não podia estar mais em desacordo. As pessoas é que fazem as empresas e se não nos esforçarmos por elas, o nosso emprego poderá até estar em risco.
E tal como disse (e aí concordo plenamente), só "quem vive as situações deve comentar". Conhece alguma das situações de que eu falo?

 
At 7/2/07 22:36, Blogger Patríciangélico said...

Ana Tavares, concordo plenamente. Todos sabemos que é assim que isto se passa. Baixas fraudolentas é o que há mais, senão nem haveria necessidade de serem inspeccionadas. Todos sabemos que há baixas a pedido. Mas por acaso eu até nem me estava só a referir a baixas mas a situações em que as pessoas ficam em casa sem motivos de força maior. E algumas ainda usam os filhos para esses tais dias sossegados. É óbvio que quando tem que ser, tem que ser.
Beijinhos

 

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