Dores de parto: sentir ou não sentir, eis a questão

Ao ler outros blogs acerca deste assunto dou comigo a pensar que ainda bem que o meu foi assim. A verdade é que senti dores horrivelmente indiscritíveis, e eu que até quero ter 3 ou 4 filhos, e nem me considero muito sensível à dor, na altura só pensava que nunca mais me apanhavam lá. Depois da Mariana nascer passou tudo voltei a pensar nos 3 ou 4 filhos e por isso acho que até ultrapassei bem aquele "choque". Mas não trocava por nada deste mundo as sensações que tive (descritas no dia 13 de Julho). Sempre disse que queria epidural, que não era masoquista, etc. Assustava-me a episiostomia mas não pensava muito nisso. Afinal a rapidez da dilatação fez com que passasse por aquilo que nunca imaginei. Pensei sempre ter tempo para levar a epidural e não sofrer muito. Contracções violentas e sem intervalos, permitiram que eu saiba o que são dores a sério. Mas dei comigo nestes dias a pensar que ainda bem que passei por isso. É uma sensação violenta, arrebatadora mas que o fundo sempre quis conhecer. Para não "morrer estúpida". Mas se me perguntassem hoje como prefereria voltava a responder com epidural. É um sentimento contraditório. Compreendo quem não quer sofrer (oh, se compreendo). Eu própria espero nunca mais sentir aquelas dores. Mas por outro lado ( e já que teve que ser), ainda bem que assim foi. E não sou masoquista...