Eu também tenho um pai (muito) novo cá em casa

Depois de ler em vários posts sobre o que os pais fazem, aqui vai. O papá Pedro é segundo a definição de "pai novo", um pai novíssimo. Infelizmente o meu trabalho, estudo, etc, ocupa-me muito mais tempo do que aquele que queria dispensar do crescimento da minha filha. Infelizmente é nesta fase dela que tenho que abdicar de certos momentos com eles. Nem sempre a vida é o que esperamos dela e demasiadas vezes temos que fazer aquilo que jurámos nunca deixar acontecer. E assim, é o Pedro que a vai buscar ao infantário, que lhe dá o segundo lanche, que brinca com ela, que a põe ao telefone a falar comigo, que lhe ensina novas coisas, que espera por mim pacientemente, que nos faz o jantar, que nos arruma a casa. É o Pedro que me abre a porta quando chego, enquanto pergunta: Mariana quem vem lá?. É ele que a afaga enquanto ela choraminga agarrada à porta a chorar quando me demoro mais. É ele que brinca com ela e a leva à exaustão de riso, que lhe ralha quando merece, que lhe mostra os perigos, que a embala. Que lhe dá beijinhos, miminhos e abraços. Que se orgulha dela e o demontra. Que lhe conhece os caprichos, birras e manias. Que lhe conhece os gostos e vontades. É ele que me conta que que ela no prédio é chamada de "a menina simpática". É a ele que lhe perguntam por ela quando vai ao supermercado buscar o pão e ela não vai.
O Pedro é um pai e às vezes faz também um pouquinho de mãe. Um pai sempre presente, o tal pai que sempre sonhei para os meus filhos. Um pai novo. Um pai novíssimo.